Moradores denunciam que motoboys são desrespeitosos
Na noite da última quarta-feira (04/06), por volta das 21h50, um motoboy foi violentamente agredido por três homens no setor de oficinas do Riacho Fundo. O motivo, segundo relatos do próprio entregador, seria o fato de ele estar com o escapamento da moto alterado e realizando manobras conhecidas como “tirar no grau” — quando o condutor empina a motocicleta em movimento.
C.F.R., que trabalha como entregador por aplicativo, conversou nesta segunda (09/06) com a reportagem do S&DS e relatou os momentos de pânico.
“Os homens chegaram e me cercaram. Me bateram com paus nas mãos e nas pernas. Disseram que era pra eu não aparecer mais com escapamento alterado nem fazendo grau. Não me roubaram, só me bateram. Quebraram três dedos da minha mão esquerda”, afirmou o motoboy, visivelmente abalado.
Em grupos de WhatsApp da comunidade, a informação circula desde o dia do ocorrido. Em uma das mensagens, moradores mencionam que o rapaz teria sido “pego por um grupo de traficantes” após realizar manobras arriscadas durante a noite, no momento em que fazia uma entrega.
A situação acendeu um alerta na região. Moradores ouvidos pela reportagem, que preferem não se identificar, afirmam que há uma crescente desordem por parte dos motobys principalmente durante à noite, quando os casos de perturbação sonora com motocicletas são mais frequentes.
Apesar de a conduta do motoboy representar uma infração ao Código de Trânsito Brasileiro, moradores reforçam que nada justifica o uso da violência. “Existe lei pra isso. A polícia devia agir, não um grupo de pessoas armadas com pedaços de pau”, disse a comerciante Maria Celia que usa os serviços dos motobys na região.
Até o momento, não há informações sobre a identificação dos agressores. O caso não foi oficialmente registrado na polícia, segundo apuração da reportagem, o que dificulta a investigação e a responsabilização dos envolvidos.
A redação do S&DS entrou em contato com a Polícia Militar do DF para saber se há patrulhamento regular na região e se foram registradas ocorrências semelhantes, mas ainda não obteve retorno.
A comunidade do Riacho Fundo pede menos poluição sonora por parte dos motobys e atenção das autoridades quanto a situação.
