A cada ano, cerca de 200 mil pessoas são dadas como desaparecidas no Brasil. A cada 11 minutos, segundo estatísticas governamentais, uma pessoa desaparece no país. Grande parte desses casos permanece sem solução por anos, e alguns podem até revelar finais trágicos e surpreendentes.

O Caso Pedrinho é tema de série de documentários que estreia em 2 de novembro no canal de TV norte-americano A&E, com exibição no Brasil por meio de operadoras locais. A história de Pedro Rosalino Braule Pinto, o menino roubado da maternidade do Hospital Santa Lúcia, em Brasília, em 1986, com poucas horas de vida, e encontrado quase 17 anos depois, em Goiânia, é um dos 26 casos que serão mostrados em 13 episódios do programa de Desaparecidos, nova produção nacional do A&E em parceria com a Iracema Rosa Filmes, que será exibida às segunda-feiras, a partir das 23h30.

A temporada de estreia traz 13 episódios, com 26 casos de pessoas que sumiram sem deixar rastros. Depoimentos de policiais, investigadores, amigos e parentes dos desaparecidos, além de dramatização, mostram a luta dos familiares que nunca perdem a esperança de encontrar seus entes queridos. Entre os casos que serão apresentados está o de Priscila Belfort, irmã do lutador Vitor Belfort, desaparecida desde 2004.

Cada episódio aborda dois casos, sendo que no final do programa o telespectador saberá qual deles foi solucionado e quem foi encontrado. “Além de contar essas histórias, que poderiam acontecer com todos nós, a série tem um papel social, tem o intuito de ajudar a localizar pessoas que ainda estão desaparecidas”, afirma Krishna Mahon, diretora de Conteúdo Original do A&E. A cada episódio também será divulgado um telefone de contato, para que os telespectadores deem informações, a fim de poderem colaborar para solucionar o caso que ainda está em aberto.

Anderson Jesus, diretor da série, revela que sempre foi fascinado pelo assunto, o que motivou essa produção. “Sempre que eu via alguém falando sobre o desaparecimento de pessoas na TV, eu me perguntava como isso seria possível, desaparecer assim de uma hora para outra e sem deixar rastro, sem ninguém ver, sem achar um corpo”.
Os 26 casos apresentados abrangem desde desaparecidos jovens, crianças, recém-nascidos, até pessoas com problemas psiquiátricos e idosos com Alzheimer. “O telespectador vai se identificar com os casos e até sentir como se a situação de ter um ente desaparecido fosse com ele. Ao apresentar casos solucionados, em que as pessoas foram encontradas, a série pretende trazer um pouco de incentivo e esperança aos familiares”, completa o diretor.

Fonte: Canal A&E e  correioweb.