Após uma derrota histórica neste domingo (30), o presidente Bolsonaro (PL) manteve o silêncio e não se manifestou publicamente sobre o resultado que garantiu, nas urnas, um terceiro mandato ao ex-presidente Lula (PT). Muito ativo nas redes sociais, o presidente não realizou as conhecidas lives, nem seus posts polêmicos. Os seus aliados, no entanto, se manifestaram nas redes e reconheceram a derrota do projeto iniciado nas eleições de 2018.

O deputado eleito de Goiás Gustavo Gayer foi um dos mais agressivos nas palavras, chegando a defender um impeachment conjunto do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e seu vice Geraldo Alckmin (PSB) sem nenhum dos dois sequer tomar posse. Na manhã desta segunda-feira (31), o deputado eleito afirmou que não conseguiu dormir.

“Mais da metade do Congresso é de direita. Não vamos deixar Lula governar. Lula não vai durar muito tempo na Presidência, e falo isso como deputado federal eleito que vai trabalhar ativamente pelo seu impeachment. E nós vamos conseguir. E, se vier o Alckmin, nós vamos fazer o impeachment do Alkckmin também”, disse Gayer em um vídeo publicado em suas redes.

Profética, a deputada bolsonarista de São Paulo Carla Zambelli (PL-SP), que recentemente perseguiu armada um jornalista pelas ruas de São Paulo, prometeu ser a “maior oposição que Lula jamais imaginou ter”. “Ainda que eu ande pelo vale das sombras, não temerei, porque Tu Senhor Deus estás comigo. O sonho de liberdade de mais de 51 milhões de brasileiros continua vivo”, disse também a parlamentar pelo Twitter.

Revelação do bolsonarismo em Minas Gerais, o deputado federal eleito Nikolas Ferreira (PL) – campeão de votos no estado, com mais de 1,4 milhão de votos – chegou a postar um vídeo com eleitores chorando e lamentando a derrota de Bolsonaro. “Os gritos de comemoração hoje se tornarão gritos de desespero amanhã. A esquerda vai plantar muita semente ruim, e cabe a nós não deixar florescer. O trabalho continua, e eles saberão o que é oposição”, disse o parlamentar.

Amiga pessoal do presidente e da primeira-dama Michelle Bolsonaro, a ex-ministra e senadora eleita do Distrito Federal Damares Alves (Republicanos) invocou passagens bíblicas para citar a derrota de Bolsonaro. “Ele continua sendo Deus”, escreveu em uma postagem. Após alguns minutos da primeira publicação, a senadora eleita defendeu Bolsonaro e pediu que para que o Brasil “ore para que Deus traga paz para a nossa nação”.

“Os 14 anos do PT no poder, resultaram em fome, miséria e corrupção. Nos 4 anos do governo Bolsonaro, o Brasil Avançou 40 anos. Diferente de Lula, Bolsonaro deixou um legado e formou líderes que hoje são Senhores, Deputados e Governados. Perdemos uma eleição, mas não perdemos o amor pelo país”, escreveu a parlamentar eleita.

Fonte: Congresso em Foco