Em Ceres, norte do estado de Goiás, médicos levaram as mulheres e as amantes para tomarem a vacina contra Covid, sem serem as mesmas, profissionais da saúde nem idosas.

O Ministério Público de Goiás (MP-GO) está investigando a farra dos fura filas, parentes de médicos e de servidores públicos que não se enquadram no plano nacional de vacinação.

Dos 876 já vacinados, acredita-se que pelo menos cinquenta são mulheres de médicos que nunca trabalharam na área da saúde, há inclusive denúncia de que três são amantes de médicos, empresários com altíssimo poder aquisitivo e parentes diversos.

O promotor de Justiça, da 2ª Promotoria de Justiça de Ceres, Marcos Rios afirma que são pessoas que não têm nenhuma participação na área da medicina.

“Os hospitais privados aproveitando-se para incluírem parentes dos médicos, namoradas, esposas, mães, pais, pessoas que não têm nenhuma participação na área de medicina. Pessoas que são fazendeiros de alto poder aquisitivo”, afirma Rios.

Segundo Rios, “apenas dez idosos que pertencem ao Lar dos Vicentinho foram vacinados. O restante dos idosos com mais de 90 anos, da cidade, não foram vacinados”.  

O prefeito de Ceres-GO, Edimário Barbosa (Cidadania), afirmou que já abriu Processo Administrativo Disciplinar (PAD), “para vê o que aconteceu realmente”.

A promotoria vai oferecer denúncia contra os fura filas – quem mentiu – com o fim de ser vacinado furando a fila de prioridades. Os condenados poderão ser presos, ou, terem que pagar multa no valor de R$ 50 mil; dinheiro que será revertido ao Fundo Municipal de Saúde.