11 de Junho de 2020

Redação

Um simples ato de se reunir com familiares e amigos para assistir as famosas live’s em tempo de isolamento, formando aglomerações, tem se tornado um problema sanitário aumentando as estatísticas dos números de contaminados por COVID-19, podendo assim denominar de live com Covid-19.

O ex-paciente Mário Brandão, 45 anos, morador de Goiânia, que recentemente teve alta do Hospital Regional da Asa Norte (HRAN) – referência para tratamento do Covid-19 – foi infectado pelo vírus após reunir-se com amigos para uma live de cantores sertanejos.

Passados exatamente sete dias, pós live, Mário começou a sentir-se cansado, com febre e mau estar.

Ao procurar o serviço de saúde foi feito teste para Covid-19, tendo como resultado não reagente, ou seja, negativo.

Já em sua residência, Brandão teve piora do quadro clínico, retornando ao serviço médico dois dias depois da primeira ocorrência, novo teste para Covid-19 foi realizado, testando novamente negativo. O paciente foi liberado novamente para sua residência.

No dia seguinte, Brandão teve piora significativa, sendo enviado ao HRAN onde testou positivo para Covid-19. O mesmo testou duas vezes negativo pois estava em janela do sétimo e décimo dia de infecção para Coronavírus.

De acordo com a Anvisa, exames detectam anticorpos produzidos pelo organismo do paciente e devem ser realizados, preferencialmente, a partir de 10 dias após o início dos sintomas.

Estudos científicos têm demonstrado que, a partir do quarto dia de sintomas de uma pessoa com Covid-19, é possível detectar anticorpos em testes rápidos, sendo que em grande parte dos testes registrados na Anvisa os resultados mais robustos foram obtidos a partir do décimo dia. Portanto, é preciso estar atento às instruções de uso dos testes.

No dia 02 de junho, Mário teve alta hospitalar, voltando para sua residência, onde esposa e filhos ficaram em quarentena aguardando por sua volta ao lar.

Ressaltamos, que as live’s realizadas em tempos de Coronavírus, são meios de entretenimento que devem ser assistidas no núcleo familiar, não usadas como pretexto de fazer aglomerações.