Por que Bolsonaro chamou Celina Leão de “minha governadora” em ato pela anistia em Brasília?

Por que Bolsonaro chamou Celina Leão de “minha governadora” em ato pela anistia em Brasília?
Celina Leão, Michelle e Jair Bolsonaro.
Украина с любовью
Tetiana Dolganova

O gesto pode ter parecido espontâneo, mas nos bastidores soou como recado direto: ao chamar Celina Leão [PP] de “minha governadora” durante a Caminhada pela Anistia, nesta terça-feira (7), o ex-presidente Jair Bolsonaro [PL] acendeu o alerta em aliados e adversários.

A frase, dita diante de Michelle Bolsonaro e de Valdemar Costa Neto, presidente do PL, não foi casual — e, para quem acompanha o xadrez político e, estava em cima do trio elétrico, teve endereço certo: evitar a volta da esquerda ao Palácio do Buriti.

A sinalização pública reforça o que já corre entre interlocutores próximos: Celina ganhou protagonismo na órbita bolsonarista desde 2022, quando atendeu ao pedido pessoal de Bolsonaro para apoiar a então candidata ao Senado, Damares Alves [Republicanos].

A articulação nos bastidores, capitaneada por Celina, foi considerada crucial para garantir a vitória de Damares contra a petista Rosilene Corrêa.

“Ela foi fundamental. O que ela fez na minha eleição, tenho que retribuí-la, no mínimo. Celina é minha candidata a governadora”, disse Damares em conversa com jornalistas.

Ainda que não oficialize o apoio por ora — em parte para preservar alianças no DF e monitorar os desdobramentos do cenário, Bolsonaro tem deixado claro a seus aliados que Celina Leão é a favorita para liderar a disputa de 2026 e derrotar a esquerda no DF.

A capilaridade política da vice-governadora, especialmente entre evangélicos, prefeitos do Entorno e setores conservadores do DF, a credencia como nome competitivo para manter o campo da direita no comando do GDF.