‘Uma vez Gabigol, sempre Gabigol. Gabigol sempre eu hei de ser’

Gabigol comemora o gol contra o Flamengo (Foto: Gilson Lobo/AGIF)

Gabigol decide nos acréscimos, e Cruzeiro derruba Flamengo da liderança no Mineirão

Atacante entra no fim, marca contra o ex-clube e sela vitória celeste por 2 a 1

Gabigol entrou para decidir. E decidiu. Em uma noite de roteiro perfeito no Mineirão, o atacante marcou o gol da vitória do Cruzeiro sobre o Flamengo por 2 a 1, neste domingo (4), em duelo eletrizante pela Série A do Campeonato Brasileiro. Reserva durante quase todo o jogo, ele foi a campo aos 42 do segundo tempo e, já nos acréscimos, aproveitou rebote de pênalti para balançar as redes contra o clube onde foi ídolo — e empurrar a Raposa ao G-4.

O duelo teve de tudo: golaço de Arrascaeta, defesas espetaculares de Rossi, pressão celeste e emoção até o último lance. Kaio Jorge abriu o placar para o Cruzeiro ainda no primeiro tempo. O Flamengo empatou com um belo chute do uruguaio, mas viu o adversário dominar a segunda etapa. No apagar das luzes, Léo Pereira cometeu pênalti em Eduardo. Gabigol bateu, Rossi defendeu, mas no rebote não teve jeito: 2 a 1, Cruzeiro, explosão azul no Mineirão.

Classificação

Com o resultado, o Cruzeiro chega a 13 pontos e sobe para a quarta colocação. O Flamengo, com 14, perde a liderança e cai para segundo. A disputa pelo topo da tabela segue acirrada.

A atuação do Cruzeiro no segundo tempo clamava por um herói — e a torcida parecia saber quem era. Desde o início da etapa final, os gritos por Gabigol ecoavam das arquibancadas. Leonardo Jardim resistiu, mas aos 42 minutos chamou o camisa 9. Nove minutos depois, o destino sorriu: pênalti para a Raposa.

Na marca da cal, Gabigol evitou o olhar de Rossi, velho conhecido. Cobrou firme, mas parou no goleiro. No rebote, foi mais rápido que todos, empurrou para dentro e correu em direção à torcida. Os companheiros vibraram. A arquibancada explodiu. Ele, porém, manteve a frieza. Sem provocação. Sem exagero. Apenas reverência. No apito final, cumprimentou ex-colegas do Flamengo e, só então, celebrou com o calor de quem viveu uma noite inesquecível.

Primeiro tempo

O Cruzeiro iniciou a partida marcando alto e tentando travar a transição rápida do Flamengo. A pressão surtiu efeito aos 14 minutos, quando Kaio Jorge fez bela jogada individual e soltou uma bomba para abrir o placar. A Raposa seguiu superior e quase ampliou com o próprio Kaio e com Christian, mas parou em Rossi — o melhor rubro-negro em campo.

Mesmo com mais posse de bola, o Flamengo tinha dificuldades para furar a marcação celeste. Foi só aos 42 que o time carioca encaixou sua jogada mais lúcida: triangulação na entrada da área e finalização perfeita de Arrascaeta no ângulo, empatando o duelo com um golaço.

Segundo tempo

O ritmo caiu após o intervalo, e o Cruzeiro, com Matheus Pereira inspirado, voltou a assustar. A Raposa teve boas chances com Kaio Jorge, Wanderson e Arthur Gomes, enquanto o Flamengo apostava em escapadas de Bruno Henrique, que exigiu boa defesa de Cássio em cabeçada venenosa.

Filipe Luís demorou a reagir no banco e viu o Cruzeiro crescer. A insistência mineira foi premiada já nos acréscimos: Eduardo invadiu a área e foi derrubado por Léo Pereira. Pênalti. Gabigol na bola. Gol da vitória.