Ivan Rodrigues
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O direito de se desconectar refere a regras que determinam que não se deve esperar que um funcionário receba ligações, mensagens em aplicativos, e-mails de trabalho ou comunicações de seus chefes, fora do horário de trabalho. 

A ideia do direito de se desconectar vem ganhando força desde o início da pandemia, à medida que grande parte da força de trabalho estava trabalhando fora dos escritórios, departamentos… geralmente de suas próprias casas. 

Com uma cultura altamente ativa em torno de smartphones e acesso constante a e-mails de trabalho, isso pode confundir a divisão entre o horário de trabalho e a vida privada dos trabalhadores, fazendo com que os chefes ultrapassem o horário de trabalho de seus subordinados com suas demandas.  

Ao longo dos anos, empresas e vários países têm procurado maneiras de resolver esse problema.

Em 2012, a montadora Volkswagen bloqueou o acesso de vários funcionários aos e-mails desde a noite até a manhã.

Em 2017, a França introduziu regulamentos que estabelecem limites mais rígidos sobre quando as obrigações de um trabalhador remoto começam e terminam. 

Em 2018, a empresa de controle de pragas Rentokil foi condenada a pagar 60.000 euros ($ 71.000) por violar essas regras.

No início deste ano, a Irlanda introduziu um código de conduta sobre o direito de desconexão para todos os trabalhadores, onde as reclamações podem ser apresentadas a um fórum de disputas. 

O equilíbrio entre vida pessoal e profissional pode ser muito difícil de alcançar em tempos de grandes avanços tecnológicos em que os algoritmos já excluem milhares de trabalhadores do mercado de trabalho.