20 de Fevereiro 2020

Redação


Filha de Carmem Sperandio Beloto, 67 anos, que morreu, apresenta a certidão de óbito, por dengue hemorrágica.

A única forma de reduzir os casos de dengue é evitar a proliferação do mosquito causador da doença, o Aedes aegypti. Uma parcela deste trabalho é de responsabilidade do governo, que tem atuado diariamente na eliminação dos focos, larvas e mosquitos. Porém, a prevenção também deve ser feita pela população.

O mosquito costuma depositar os ovos em criadouros com água parada e limpa, como caixas d’água, garrafas e vasos de plantas. “As pessoas devem olhar dentro de suas casas todos os dias, observando ambientes que tenham ou possam acumular água, como baldes, tanques, latas, pneus, para evitar que sejam depósitos de ovos e larvas”, orienta o subsecretário de Vigilância em Saúde, Divino Valero.

O Policial Miliar, Marcelo Pereira de Freitas, morador do Riacho Fundo, conheceu os efeitos causados pela dengue, no ano passado, tendo que permanecer duas semanas fora de suas atividades policiais, período de grande dor com sensação de eminente morte, como relata abaixo.

“Pensei que meus filhos ficariam órfãos, tive tanto medo de morrer que cheguei a pedir a Deus que isso não ocorresse. Foram dias prostrados que a gente vê que realmente não somos nada e, que, é preciso muito cuidado e vigilância com esta doença”, finaliza Freitas.

O subsecretário de Vigilância frisa que não é necessário colocar água sanitária, como algumas pessoas propagam. Basta jogar a água fora e eliminar o recipiente ou lavá-lo bem, com escova, água e sabão.

VIGILÂNCIA – Todas regiões de Brasília estão recebendo ações de combate à dengue diariamente. A população deve facilitar o acesso dos agentes de vigilância, para que possam verificar a existência de foco do mosquito e promover a ação necessária, como aplicação de larvicida.

“Caso a pessoa fique com receio de abrir a porta para o agente de saúde, ela pode pedir para ver a identificação funcional. Além disso, todos andam devidamente uniformizados”, ressalta Divino.

Ele diz, ainda, que caso o morador não permita a entrada do agente, a Vigilância Ambiental poderá usar alvará judicial expedido pela 3ª Vara da Fazenda Pública do DF para que ingressem em imóveis fechados, abandonados ou com recusa de acesso.