Sustentados por contribuições, os sindicatos arrecadaram bilhões no ano passado. A maior parte do dinheiro foi aplicada em: …? Responda-me se for capaz! Uma fatia expressível dos recursos serviu apenas para promover a imagem dos dirigentes candidatos a um cargo eletivo neste ano.  

 

Por exemplo: O Presidente da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo) no poder desde 2004, dirige as seções estaduais do Sesi (Serviço Social da Indústria) e do Senai (Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial) como se lhe fosse algo pessoal e intransferível.  

 

Em 2014, quando Skaf foi candidato ao governo do estado SP, foram investidos R$ 22 milhões para produzir e veicular anúncios em que o empresário exaltava as suas realizações à frente das duas entidades.

 

Skaf está novamente em plena campanha para governador neste ano e voltou a recorrer aos cofres do Sistema S para seus objetivos. O Levantamento feito pela Folha mostra que o número de vídeos institucionais em que ele aparece se multiplicou no ano passado a um custo duvidoso. 

 

Outro exemplo:  Adelmir Santana, o eterno Presidente da Fecomércio-DF, entidade que administra o Sesc, o Senac e o Instituto Fecomércio no Distrito Federal. Em 2002 ficou como o primeiro suplente do ex-senador Paulo Octávio, assumindo a cadeira em 2007.  Nas eleições gerais de 2010, Aldemir Santana obteve 45.712 votos para deputado federal pelo Distrito Federal, conquistando a segunda suplência. 

 

Skaf exerce atualmente seu quinto mandato e já modificou os estatutos da entidade duas vezes para continuar no cargo. 

 

Santana não conseguiu se manter na vida política por muito tempo, mais mantém intensas articulações com políticos de diferentes correntes. Desde 2001, preside o Sistema Fecomércio do Distrito Federal.

 

Os casos chamam a atenção para os grandes riscos que a ausência de renovação nas cúpulas destas e outras organizações como a Fiesp, Fecomércio-DF, Sindicatos, Conselhos de Classe podem causar, ainda mais quando se trata de milhões em jogo.

 

Cabe aos órgãos de controle, sindicalizados, participantes de segmentos como Conselhos Regionais de Classes cuidarem para que o dinheiro seja aplicado com eficiência — e não desviado para benefício pessoal, político e empresariais de dirigentes e seus restritos grupinhos.  

 

Com informação do editoriais grupofolha e #SaúdeDireitosSociais&Inovações