De acordo com a pesquisa, mais de 8,7 milhões de brasileiras com idade entre 18 e 49 anos já fizeram ao menos um aborto na vida. Destes, 1,1 milhão de abortos foram provocados.
Foto: Comentários do site #SaúdeDireitosSociais&Inovações – Não disponível ao público

A prática do aborto no Brasil vem ganhando proporções epidêmicas e a criminalização em nada tem diminuído essa prática, pelo contrário, reforça uma grande injustiça reprodutiva, segregando mulheres pobres na busca pelo aborto clandestino, inseguro, com seríssimas consequências para a saúde e vida de nossas mulheres.

 

Segmentos reacionários religiosos fundamentalistas tem atuado agressivamente no – executivo, legislativo e judiciário – pregando os caminhos de retrocesso para o acesso legal ao aborto, acreditamos ser de fundamental importância a criação da ONG Direito de Escolher e Decidir em razão do trabalho do site #SaudeDireitosSociais&Inovações, que através de mais de 500 comentários de mulheres desesperadas, sem nenhum auxilio institucional não encontram amparo em sua decisão de abortar pelas mais diversas razões que não nos cabe julgar.
Foto: Comentários do site #SaúdeDireitosSociais&Inovações – Não disponível ao público
A mais alta corte do país diz: “…a criminalização do aborto antes de concluído o primeiro trimestre de gestação viola diversos direitos fundamentais da mulher… como – sua autonomia, o direito à integridade física e psíquica, os direitos sexuais e reprodutivos da mulher, a igualdade de gênero – além da discriminação social e o impacto desproporcional da criminalização sobre as mulheres pobres”.

Quem suporta as maiores cargas, as mulheres ou os homens?  São as mulheres que suportam o ônus integral da gravidez, nós homens não engravidamos, somente haverá igualdade plena se a elas forem reconhecido o direito de escolher e decidir acerca da sua manutenção ou não.

Foto: Comentários do site #SaúdeDireitosSociais&Inovações – Não disponível ao público

Como pode o Estado como instituição impor a uma mulher, nas semanas iniciais da concepção, que a leve a termo, como se tratasse de um [útero público a serviço da sociedade], tirando das mulheres suas autonomias, no gozo de sua plena capacidade de ser, pensar, escolher e decidir sobre sua própria vida sexual e reprodutiva.

Resolvemos pela criação da [ONG Direito de Escolher e Decidir] com foco no amparo às mulheres que mais necessitarem para sua defesa e ajuda quando suprimidos os seus direitos.

De acordo com a pesquisa do IBGE, mais de 8,7 milhões de brasileiras com idade entre 18 e 49 anos já fizeram ao menos um aborto na vida. Destes, 1,1 milhão de abortos foram provocados.