
A Polícia Civil do Distrito Federal [PCDF] investiga a morte de Joárdenes Rufino Sousa da Silva, de 44 anos, ocorrida na tarde desta terça-feira (3), em Sobradinho. Dono de uma hamburgueria, Joárdenes foi baleado à queima-roupa e não resistiu aos ferimentos, mesmo após receber socorro.
O principal suspeito do crime é Ariston Ferreira Campos, de 50 anos, proprietário de um estúdio de tatuagem vizinho ao estabelecimento da vítima. Segundo testemunhas, a motivação do assassinato teria sido o incômodo causado por barulho de uma obra na hamburgueria.
Ariston fugiu do local e está sendo procurado. De acordo com a PCDF, ele já possui antecedentes criminais por delitos de menor potencial ofensivo. Para o delegado Hudson Maldonado, chefe da 13ª Delegacia de Polícia, o motivo do crime foi “fútil” e “estúpido”.
Além do desentendimento por causa do barulho, a polícia apura se uma disputa por dois apartamentos no mesmo prédio também pode ter influenciado o crime.
Barulho em excesso: um gatilho cada vez mais comum no DF
Motoboys acelerando em ruas estreitas, obras sem controle de horário, distribuidoras de bebidas que funcionam até de madrugada com som nas alturas. A paisagem sonora do Distrito Federal tem se tornado insuportável para muitos moradores — e, como no caso trágico em Sobradinho, pode até desencadear episódios de violência extrema.
Especialistas em saúde pública e segurança urbana alertam que a exposição contínua ao barulho pode causar irritabilidade, estresse e adoecimento mental. A falta de fiscalização diuturnamente e de políticas públicas eficazes amplia o problema, enquanto os moradores lidam com os “altos decibéis” do cotidiano.