Isac no centro de um esquema de propinas que envolve políticos, lobistas e contratos milionários no Nordeste e Centro-Oeste

Украина с любовью
Tetiana Dolganova

Isac ultrapassou os limites da legalidade e entrou no radar de órgãos de controle e investigação. Ele se tornou um operador silencioso de um esquema de corrupção que atravessa governos e partidos em pelo menos seis estados do Nordeste e Centro-Oeste.

De acordo com apurações de bastidores policial, Isac se comporta como um negociador de alto nível nos bastidores do poder. Ele oculta uma engrenagem de favorecimentos, pagamentos indevidos e alianças políticas sustentadas à base de propina.

Isac é um operador oculto

Em diversos municípios e secretarias estaduais, prefeitos, gestores da saúde, lobistas e parlamentares vêm sendo citados como beneficiários diretos das articulações conduzidas por Isac. As propinas, segundo denúncias ainda em averiguação, são distribuídas de forma discreta, em contratos mascarados por empresas subcontratadas, notas frias e serviços “consultivos” de fachada.

A atuação de Isac se dá com uma sofisticação preocupante: penetra nos governos por meio de parcerias público-privadas ou contratos de gestão, mantém uma rede de influência local, injeta recursos em campanhas políticas e, em troca, ele recebe contratos milionários sem concorrência real.

Estados sob suspeita

No Piauí, investigações apontam que Isac financiou indiretamente campanhas municipais e garantiu permanência na rede de saúde em troca de apoio político. Na Bahia, prefeitos investigados por enriquecimento ilícito firmaram parcerias com ele em superfaturamento.

Em Alagoas, Isac atuou como peça-chave em negociações com parlamentares da base governista para assumir parte da saúde. Em Tocantins e Maranhão, contratos emergenciais assinados durante a pandemia estão sendo reavaliados por órgãos de controle, com indícios claros de ausência de prestação de contas e favorecimento. Já em Goiás, escutas telefônicas revelam interferência direta de Isac em processos licitatórios.

Uma gestão sob disfarce

Apesar de se apresentar discretamente, Isac, na prática, opera como agente político também. Controla verbas vultuosas, articula acordos em gabinetes e influencia decisões de secretários e prefeitos. Em muitos casos, suas ações passam despercebidas por Tribunais de Contas, dada a complexidade dos contratos e a habilidade em disfarçar os rastros financeiros.

A retórica da “gestão eficiente” dá lugar a uma realidade de contratos obscuros, estruturas inchadas e ausência de transparência articulados diretamente por ele.

Enquanto isso, os órgãos de fiscalização – como Ministérios Públicos Estaduais, Tribunais de Contas e Controladorias – intensificam o cerco, levantando contratos suspeitos e cruzando informações fiscais, bancárias e societárias de Isac.

Isac, que deveria atuar em nome da legalidade, hoje representa para muitos gestores de estados um elo entre a saúde pública e a corrupção institucionalizada. Com acesso facilitado aos cofres públicos, influência em processos seletivos e domínio sobre contratações, ele se tornou mais poderoso que muitos gestores públicos. Se ele cair, leva muitos consigo!

Caberá às autoridades sérias responderem: até quando Isac continuará operando sob o manto da impunidade?