Se você é homem e está solteiro, é bem provável que já tenha ouvido – ou dito – a frase: “Tem gatos e bebês reborn, fujam das doidas carentes!”.
O bordão, que começou como meme nas redes sociais, ganhou força nas rodas de conversa masculinas e virou quase um alerta entre os que navegam pelo mar do namoro moderno.
Mas o que há por trás dessa expressão? Trata-se apenas de humor ou existe um pano de fundo mais complexo de medos, estigmas e relações afetivas fragilizadas?
Na superfície, a frase parece apenas uma brincadeira. Mas carrega um juízo direto: mulheres que criam gatos ou colecionam bonecas bebês reborn são, supostamente, carentes, instáveis ou emocionalmente frágeis. Assim, o conselho masculino é claro: “fuja”.
A frase “tem gatos e bebês reborn, fujam das doidas carentes!” pode até gerar risos e curtidas, mas também levanta questões sérias sobre como homens e mulheres estão lidando com solidão, afeto, traumas e empatia.
Generalizações como essa alimentam preconceitos e bloqueiam conexões reais. Talvez, em vez de fugir, seja o caso de perguntar: o que está por trás de um gato no sofá ou de uma boneca no berço? Pode haver dor, pode haver amor — ou apenas gosto pessoal.
E talvez o verdadeiro sinal de maturidade relacional esteja em parar de fugir e começar a conversar sem medo.