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Fonte: EFE

O advogado de uma das enfermeiras que atendeu Diego Maradona nos últimos dez dias de vida do ex-jogador argentino, revelou que ele sofreu uma queda e bateu a cabeça no lado oposto ao que foi operado no início deste mês, mas não foi hospitalizado após o incidente.

“Caiu na quarta-feira anterior ao falecimento (dia 18 de novembro). Caiu e bateu a cabeça, mas sequer o levaram para um hospital, para fazer uma ressonância ou tomografia”, disse Rodolfo Baque, em entrevista à emissora argentina “Todo Notícias”.

“Quando ele caiu, o levantaram. Não foi uma pancada grave, mas ele teve uma queda. Havia batido do lado direito da cabeça, oposto ao da operação. Foi levantado e seguiu a vida normalmente”, completou o advogado de Dahiana Madrid.

Maradona, que morreu na última quarta-feira, aos 60 anos, havia sido internado no início deste mês, em uma clínica em La Plata com um quadro de anemia, desidratação e desânimo. Após exames, foi diagnosticado um hematoma subdural, o que exigiu a transferência para Buenos Aires e a realização de uma delicada cirurgia.

O advogado de uma das enfermeiras que cuidou do ex-jogador explicou que ele precisava de acompanhamento médico após receber alta, mas que isso acabou sendo interrompido.

“Eles são dispensados pelo próprio Maradona, em princípio, com a aprovação da psiquiatra, que os permite ir embora”, acusa Baque.

Segundo o advogado, Maradona não era acompanhado por qualquer médico clínico ou cardiologista, na casa em que vivia no bairro de San Andrés, na província de Buenos Aires.

O único médico no local, garante a fonte, era a psiquiatra que indicava medicações não relacionadas à problemas cardíacos.

Segundo Baque, Dahiana Madrid não conseguiu sequer medir os sinais vitais de Maradona, porque foi demitida por ele logo no primeiro dia de trabalho. O entorno do ex-jogador, no entanto, pediu que ela ficasse.

A cliente do advogado tinha como função entregar a medicação psiquiatra para o assistente do ex-jogador.

A enfermeira também disse que, no dia da morte de Maradona, por insuficiência cardíaca, o ouviu caminhando até o banheiro do quarto, pouco antes de sua morte.

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