07 de Abril de 2020


Imagem da sede do Departamento de Segurança dos EUA – Fonte: Investing 

O Pentágono, sede do Departamento de Defesa dos Estados Unidos, já tinha conhecimento de que uma pandemia poderia ser causada por uma nova cepa de coronavírus. É o que indica um relatório interno datado em 2017 que foi vazado recentemente pelo site The Nation.

Os Estados Unidos já previam a atual crise de saúde internacional e mais: que ela seria acompanhada pela escassez de máscaras faciais, leitos e respiradores hospitalares. Essa escassez, segundo o documento de 103 páginas, causaria um “um impacto significativo na disponibilidade da força de trabalho global”.

Ainda é citado que esta nova doença respiratória seria “a ameaça mais significativa”, ou melhor dizendo, uma forte candidata no desenvolvimento de uma possível pandemia.

“A comunidade de inteligência e os militares norte-americanos estavam bem cientes do que poderia acontecer e, infelizmente, aconteceu”, declarou o repórter do The Nation, Ken Klippenstein, em entrevista ao All Things Considered da NPR.

Ken Klippenstein foi o responsável por conseguir o documento que, segundo ele, teria sido entregue por um funcionário do Departamento de Defesa dos Estados Unidos sob a condição de anonimato.

Durante a entrevista, o repórter afirmou que dentro dos círculos de inteligência norte-americanos, o coronavírus já era considerado uma ameaça provável há pelo menos 5 anos. Ele ainda criticou a fala do presidente Donald Trump que declarou que a atual pandemia surgiu “do nada”. Afinal, para Klippenstein, é improvável que a Casa Branca não tenha recebido as informação contidas no referido relatório.

E enquanto o presidente Trump disse que a atual pandemia da covid-19 “surgiu do nada”, Klippenstein diz que é “inconcebível que a Casa Branca não tenha recebido isso”, referenciando as informações contidas no relatório do Pentágono de 2017.

“Mesmo os países mais industrializados terão leitos hospitalares e equipamentos especializados insuficientes, como respiradores e produtos farmacêuticos, para tratar adequadamente suas populações durante uma pandemia clinicamente grave”, informa o relatório.

Por: Kris Gaiato via nexperts