A Superintendência-Geral do Conselho Administrativo de Defesa Econômica [Cade] aprovou, sem restrições, a operação de aquisição do Banco Master pelo Banco de Brasília [BRB]. O aval do órgão antitruste foi publicado nesta terça-feira (17) e representa mais um passo para a concretização do negócio. A transação, no entanto, ainda depende da autorização do Banco Central [BC], que até o momento não se pronunciou oficialmente sobre o tema.
Anunciada em 28 de março de 2025, a operação prevê a compra, por parte do BRB, de 49% das ações ordinárias, 100% das ações preferenciais e, no total, 58% do capital social do Banco Master. A iniciativa insere-se na estratégia de expansão do BRB para além do Distrito Federal, onde historicamente concentrou sua atuação.
Mesmo com uma liminar do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios [TJDFT], emitida em 6 de maio, que impediu a assinatura do contrato de aquisição, o banco brasiliense foi autorizado a seguir com os trâmites preparatórios da transação.
Expansão estratégica
Criado em 1964 como agente de fomento ao desenvolvimento do Distrito Federal, o BRB é uma sociedade de economia mista, com capital aberto. O Governo do Distrito Federal detém 71,92% das ações e exerce o controle acionário da instituição. Ao longo das últimas décadas, o banco ampliou sua atuação, com presença em estados como Rio de Janeiro, São Paulo, Goiás, Minas Gerais, Bahia, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Paraíba.
A aquisição do Banco Master representa um movimento estratégico de diversificação de portfólio e fortalecimento do BRB no sistema financeiro nacional.
O Banco Master
Fundado originalmente em 1974 como corretora de valores, o Banco Master passou a operar como instituição financeira em 1990, sob o nome Banco Máxima. Após a aquisição do Banco Vipal, em 2021, adotou a atual marca e passou a atuar em segmentos como crédito, câmbio e gestão de patrimônio.
Com a incorporação parcial pelo BRB, a expectativa do mercado é que o banco brasiliense amplie sua competitividade e atuação no mercado privado, especialmente nos nichos de investimentos e serviços personalizados.
A decisão final do Banco Central será determinante para o desfecho da operação.