O Conselho Federal de Enfermagem [Cofen] reforçou seu compromisso com os direitos da população LGBTQIA+ e ingressou com uma representação no Ministério Público Federal [MPF] contra a Resolução 2.427/2025, editada pelo Conselho Federal de Medicina [CFM]. A norma traz retrocessos graves no acolhimento e tratamento de pessoas trans em serviços de saúde.
Segundo o Cofen, a medida do CFM ameaça interromper tratamentos já iniciados, o que pode empurrar pacientes trans para a clandestinidade, aumentando o risco do uso de hormônios sem controle médico e de procedimentos perigosos, como a aplicação de silicone industrial. Esses caminhos inseguros representam sérias ameaças à saúde, elevando os índices de infecções, doenças e mortes.
Para o Cofen, o acolhimento qualificado e baseado em evidências científicas é essencial para garantir o bem-estar da população trans, que já enfrenta altos índices de discriminação, adoecimento físico e sofrimento mental. A entidade reafirma que lutar pelo cuidado digno e seguro é lutar pela vida e pelos direitos da comunidade LGBTQIA+.