As instituições de educação superior do Nordeste foram as mais procuradas pelos candidatos que participaram da primeira edição deste ano do Sistema de Seleção Unificada (Sisu), segundo dados do Ministério da Educação. Dos 4,9 milhões de inscrições em todo o Brasil, aproximadamente 1,9 milhão foram feitos para cursos na região, que abriu 90.851 vagas (20,8 candidatos por vaga), a maior oferta no País, de um total de 237.840.

“Essa demanda de inscrições no Nordeste demonstra o caráter dinâmico do processo em cada ano e em cada região do País”, afirmou o titular da Secretaria de Educação Superior (Sesu) do MEC, Paulo Barone. Ele lembra que o processo de adesão ao Sisu é voluntário. “Cabe às instituições decidir sobre a oferta de cursos e o número de vagas que serão ofertadas”.

Os candidatos selecionados na chamada regular da primeira edição deste ano do Sisu podem fazer matrícula até quarta-feira (8), a critério das instituições de ensino responsáveis pela convocação dos aprovados.

O Sudeste ficou em segundo lugar na preferência dos estudantes (1,42 milhão de inscrições e 67.627 vagas), seguido pelo Sul (573,1 mil inscrições e 35.830 vagas), Norte (508,6 mil inscrições e 16.178 vagas) e Centro-Oeste (480,2 mil inscrições e 27.354 vagas). As inscrições incluem as opções por até dois cursos para cada candidato.

O interesse por unidade da federação coloca no topo da lista as universidades, faculdades, fundações, institutos federais de educação, ciência e tecnologia e centros educacionais tecnológicos de três estados da região Sudeste: Minas Gerais, com 611.863 inscrições para 30.363 vagas; Rio de Janeiro (382.891 para 16.506) e São Paulo (326.153 para 14,3 mil). Em seguida, aparecem Bahia (318.144 para 13.274) e Pernambuco (311.635 para 13.975).

Entre as 131 instituições que ofereceram cursos para o processo seletivo do Sisu, as principais escolhas foram as universidades federais de Minas Gerais (UFMG), com 171.825 inscrições para 6.279 vagas; de Pernambuco (UFPE), com 144.322 para 6.952; do Ceará (UFC) com 140.849 para 6.288), do Maranhão (UFMA), com 131.899 para 2.418; de Goiás (UFG), com 130.077 para 6.365; da Bahia (UFBA) com 118.998 para 4.442), do Rio de Janeiro (UFRJ), com 117.315 para 4.917; da Paraíba (UFPB), com 117.256 para 7.790), e Fluminense (UFF), com 112.841 para 5.032).

Concorrência

A maior concorrência foi registrada no Instituto Federal do Pará (IFPA), com média de 88,1 candidatos por vaga. A instituição ofereceu 520 vagas e recebeu 45.812 inscrições. O Instituto Federal de Sergipe (IFS) aparece na segunda colocação, com 62,8 candidatos por vaga. Foram 13.080 inscrições para 208 oportunidades.

Consideradas as duas opções de curso permitidas no Sisu, administração foi o curso mais procurado, com 269.182 inscrições registradas. A concorrência chegou a 29,7 candidatos para 9.045 vagas em todo o País. Pedagogia (240.511 inscrições para 9.106 vagas), Direito (238.081 para 6.743), Medicina (220.207 para 4.624) e Educação Física (177.004 para 4.962) aparecem em seguida.

A maior nota de corte do Sisu foi registrada no curso de direito da UFF. O último candidato classificado com base no número de vagas atingiu 837,83 pontos. Medicina aparece seis vezes entre as maiores notas de corte: 831,35 na Universidade de São Paulo (USP), 829,6 na Universidade de Brasília (UnB), 826,2 na Universidade Federal do Paraná (UFPR), 822,31 na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), 818,53 na Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e 817,16 na Universidade do Estado de Minas Gerais (UEMG).

“Em relação à primeira edição de 2016 do Sisu, o processo do primeiro semestre de 2017 foi superior, ao alcançar aproximadamente a oferta de 238 mil vagas. Ou seja, quase dez mil vagas a mais”, diz Paulo Barone. “Nessa perspectiva, entendemos que o Sisu está evoluindo e aumentando as oportunidades”.

Fonte: Portal Brasil, com informações do Ministério da Educação