publicação de matéria do Jornal Comunidade (25/Set), intitulada Marajás param a cidade
Publicação do Jornal Comunidade (25/Set), intitulada Marajás param a cidade

Pesquisa inédita feita por próprios servidores públicos, demonstra que seus vencimentos/remunerações não deveriam ultrapassar o valor dez salários mínimos.

O site Saúde & Direitos Sociais lançou um desafio a quatro amigos servidores públicos do Governo do Distrito Federal (GDF) – que consistiu em pesquisar junto à população atendida por eles, no período de seis (06) meses, quanto estariam dispostos a pagar por mês, aos servidores públicos em razão de seus serviços.

Participantes

  • A servidora P.B.M trabalha no DFTRANS e pesquisou para o site, junto a trinta e nove (39) atendidos pelo órgão.
  • A servidora M.C.F trabalha no Hospital do Gama, fazendo ficha marcando e remarcando atendimento e pesquisou para o site junto a cinquenta e cinco (55) atendidos no ambulatório.
  • O servidor professor R.P.V trabalha na Escola de ensino médio da cidade de Taguatinga e pesquisou junto a sessenta (60) pais de seus alunos.
  • O policial militar M.F.P trabalha na cidade de Ceilândia Sul e pesquisou junto a trinta e um (31) comerciantes.

* Nomes dos participantes não revelados em razões de possíveis perseguições ou assédio.

Metodologia

A metodologia utilizada na pesquisa foi bastante simples – pergunta direta e resposta baseada em salário mínimo de R$ 880,00

É sabido que os servidores do público não recebem salários mínimos, mais remuneração/vencimentos. Utilizamos o salário mínimo como base na pesquisa em razão da grande parcela populacional receber esta modalidade remuneratória por seus serviços.

As áreas de interesse da pesquisada foram escolhidas em razão da demanda de qualquer sociedade.

  • Transporte
  • Saúde
  • Educação
  • Segurança

Aos participantes foi negado revelarem aos entrevistados quanto ganham por mês dos cofres públicos.

Os dados da pesquisa nos foram enviados por mensagem de texto via celular ao término de cada pesquisa. Com exceção do policial militar M.F.P que nos enviava os dados em cada plantão seu em suas rondas ostensivas.

Embora os participantes nos alegassem o total desconhecimento da população sobre seus esforços diários para o funcionamento de suas áreas laborais como a falta de xerox, equipamentos obsoletos, coorporativos de algumas categorias, leis ineficientes entre alguns dos destacados, foi solicitado aos mesmos totais isenções na pesquisa para maior validação da pesquisa.

Conclusão

Sendo a pesquisa uma pequena amostragem nos campos pesquisados, há que se atentar para a formação do pensamento populacional dos moradores do Distrito Federal quanto ao valor que avaliaram os servidores e seus serviços prestados em até dez (10) salários mínimos, sendo 85,7 dos (185) entrevistados e, em, (09) salários mínimos, por 14,3  dos entrevistados.

salario-minimoEm suas percepções, os entrevistados, fixariam o salário do funcionalismo público, respectivamente em R$ 8.800 e R$ 7.920.

É importante ressaltarmos, segundo os participantes da pesquisa, que vários entrevistados alegaram fazer praticamente os mesmos serviços que eles, na iniciativa privada, por menos que nove (09) salários mínimos.

Na área educacional, um ponto merece consideração feita pelo professor R.P.V, que afirmou ser um ponto inquietante entre os pais de alunos as constantes greves no inicio do ano letivo.

“Vocês fingem que ensinam e nós fingimos que nossos filhos estão se preparando para enfrentarem um duro vestibular decisivo para suas vidas”. Frase dita por um pai na reunião de Pais e Mestres.

O serviço público no Distrito Federal é enaltecido de norte a sul por ter os melhores salários pagos ao funcionalismo público.

Perguntado aos quatros participantes se estão satisfeitos com seus salários pagos pelo governo por suas atividades no serviço ao público, a resposta foi uníssima: Não!

O site deixa a seguinte indagação: É mais fácil produzir bons e eficientes servidores do público com altos salários do que com as próprias garantias do cargo?

Nossos agradecimentos aos participantes que com um gesto de olhar não para si, mas sobre si, nos ajudaram nesta pesquisa.

Pesquisa iniciada em 05 de abril.

Concluída em 21 de setembro, de 2016.

ivan-rodrigues
Ivan Rodrigues é enfermeiro e blogueiro nas horas vagas.