Está claro: o Brasil precisa fugir dessa onda massacrante de pessimismo e se enxergar com uma nação de grande futuro. O furacão que passa e se aproxima de esvaziar já tem os dias contados. Então, é tempo de enterrar os mortos, dar extrema-unção aos enfermos e acionar os coveiros pra enterrarem junto dos mortos tantas lembranças ruins.

No sábado, na madrugada assisti na Tv Câmara uma entrevista com o cientista político Paulo Kramer, professor na UnB. Na visão dele mudanças importantes estão acontecendo com as pessoas no Brasil, e passam ao largo da mídia tradicional, ora omissa, ora conivente com o sistema político. Segundo ele, nas universidades em particular, está acontecendo uma silenciosa revolução. Jovens estudantes, cansados das velhas teorias de professores esquerdistas, já não acreditam mais neles e querem experimentar algo novo. Não querem discutir esquerda, direita, centro-esquerda e centro-direita. Eles sentem que suas carreiras profissionais serão regidas por regras de mercado cada vez mais exigentes. Não querem saber de ideologias. Sabem que seu mundo será inovador e querem inovações que as universidades não lhe oferecem.

Claro que isso não começa e termina em um ano. Vai levar um tempo. Mas até lá, começa a desqualificação do aparelhamento intelectual nas universidades com todos os vícios sabidamente conhecidos de todos nós. Principalmente dos jovens profissionais que as universidades formam para um mercado retrógrado que há muito já não existe. E que o governo com os seus concursos públicos não vai mais manter por exaustão financeira e pela morte acelerada na qualidade dos serviços públicos.

Os jovens que vem das escolas de base chegam ao ensino médio com seus smart fones e os seus conteúdos pragmáticos adequados a uma realidade quem passa longe da sala de aula, mas que lhes diz respeito nas suas aspirações. A velha escola vai morrer. Não existem nos estados municipais, estaduais e federal quadros técnicos capazes de planejar e rever essa onda inevitável. Velhos burocratas com suas cartilhas que ensinam Ivo viu a uva , ensinadas nos anos 1950. Ou burocratas ideológicos planejando uma escola socialista usando métodos usados em cartilhas socialistas. Nada disso vai sobreviver.

O país vai continuar, porque o Brasil será um dos destinos preferenciais de capitais mundiais para investimento em infraestrutura geral, em universidades, em hospitais, em projetos ambientais, tecnológicos, etc. nos próximos anos. Isso já indica a necessidade da formação de recursos humanos qualificados para economias desenvolvidas como teremos neste futuro próximo.

É o campo da educação quem vai responder ao futuro. Nenhum outro além dele!

Onofre Ribeiro é jornalista em Mato Grosso. E-mail [email protected] www.onofreribeiro.com.br