O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) testou positivo para Covid-19 no dia 6 de julho de 2020. A revelação foi feita pelo próprio chefe do Executivo, no dia 07/07/2020, após receber o resultado do exame  

Bolsonaro cumprimenta apoiadores sem máscara em frente do Palácio do Planalto

Passados 283 dias de sua contaminação pelo vírus (SarsCoV2causador da atual pandemia da Covid-19, Bolsonaro desistiu de se vacinar no dia 03/04/2021, quando chegou a vez de sua faixa etária ser vacinado. 


Estudos recentes mostraram que o volume de anticorpos decaem de forma relativamente rápida, quando somos infectados e nos recuperamos, ou seja, quando desenvolvemos esses anticorpos de forma natural. Os anticorpos são proteínas e não duram para sempre, geralmente são eliminados dos nossos corpos depois de alguns meses. Mas as células que produzem os anticorpos têm memória. Por isso, se você se infectar com o Coronavírus e conseguir se recuperar, como é o caso do presidente Bolsonaro, seu organismo vai ficar imune ao vírus por algum tempo.  


Acontece a mesma coisa quando somos vacinados. Por que essa proteção pode desaparecer ou diminuir no longo prazo? Observação: quando recebemos anticorpos passivamente através do leite materno, por exemplo, a nossa proteção não dura muito. 


Para que ela seja duradoura é preciso que nossos corpos produzam anticorpos por conta própria. Isso está associado ao Linfócito B, quando nosso organismo percebe a presença de uma ameaça, ainda que seja simulada, como no caso das vacinas, esses Linfócito B sofrem uma diferenciação virando Plasmócito que são as verdadeiras mega fábricas de anticorpos.  
O maior problema é quando a infecção é eliminada do organismo e as células ‘B‘ param de se transformar em Plasmócitos, a fábrica de anticorpos fica menos funcional com o tempo.       


Algumas dessas células plasmáticas podem permanecer por bastante tempo em nosso organismo, as chamadas de (LLPC sigla em inglês) – Células Plasmáticas de Longa Vida, a imunidade mais duradoura. Nem sempre são produzidas após uma infecção, mas se forem podem viver longeva em nossa medula óssea produzindo e liberando anticorpos da melhor qualidade. 


As vacinas que usam vírus ativos demonstram manter a resposta imunológica por mais tempo. É provável que essas vacinas produzam células plasmáticas de longo prazo as (LLPC) com mais eficiência. Não existem evidências nessa linha para as vacinas contra a Covid-19 que ainda estão em estudos


Nenhuma das vacinas usam o vírus do (SarsCoV2) ativo. Como as vacinas contra a COVID-19 foram desenvolvidas apenas nos últimos meses, é muito cedo para saber a duração da proteção das vacinas. Dados disponíveis sugerem que a maioria das pessoas que se recuperaram da COVID-19 desenvolveram uma resposta imunológica que fornece pelo menos algum período de proteção contra reinfecçãoestudos ainda estão em andamento sobre quão forte é essa proteção e quanto tempo ela dura.