O presidente Jair Bolsonaro, que inicialmente propagava os valores de “Deus, pátria e família”, agora se vê em uma encruzilhada, onde a lealdade parece se deslocar em direção aos seus próprios filhos, Flávio, Eduardo e Carlos. Esta mudança de foco não passa despercebida, sendo interpretada como uma tentativa de proteger seus herdeiros de possíveis condenações.
No centro do palco político brasileiro, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e seus filhos têm desfrutado de uma liberdade que contrasta com a realidade de grande parte de seus seguidores. Enquanto o clã ainda navega pelos corredores do poder, muitos daqueles que depositaram sua fé no bolsonarismo como o ex-agente da Abin, Cristiano Ribeiro, que foi demitido do serviço secreto do órgão após vazamento sobre suposta atuação da agência no caso das rachadinhas se veem em uma trajetória marcada pela desilusão.
Enquanto Bolsonaro e seus filhos: Flávio Bolsonaro, senador pelo Rio de Janeiro (PL), Eduardo Bolsonaro, deputado federal por São Paulo (PL) e Carlos Bolsonaro, vereador pelo Rio de Janeiro (Republicanos) desfrutam dos privilégios do cargo, a base de apoiadores enfrenta as consequências de um fanatismo que moldou o destino deles para o resto de suas vidas.
A promessa de: “Deus, pátria e família”, que inicialmente atraiu milhares, parece agora um eco distante em meio às complexidades da política nacional e a prisão de 1.927 pessoas que foram conduzidas à Academia Nacional de Polícia e a condenação ainda em julgamento – em razão do 8 de janeiro com a invasão da Sede dos Três Poderes.
Ao mergulhar nesse panorama, é possível compreender as tensões presentes na atual dinâmica política brasileira, onde a liberdade dos líderes políticos muitas vezes parece distante da experiência vivida por seus seguidores, que agora encaram os desafios de reconciliar as expectativas passadas com a realidade presente.
