A secretária de Saúde do Distrito Federal, Lucilene Florêncio, foi entrevista pelos jornalistas de portais de notícias da (ABBP), ontem (27), na sede da pasta.

A gestora da pasta começou explanado sobre sua trajetória na saúde que começou no Recanto das Emas, nos anos de 2016 a 2018 quando atendia a comunidade local nas demandas por ginecologia e obstetrícia, passando a ser superintendente da Região de Saúde Oeste, que compreende Ceilândia e Brazlândia, onde ficou de 2020 a 2022, e da Sudoeste, que contempla Taguatinga, Samambaia, Águas Claras, Vicente Pires. 

Lucilene Florêncio. Foto: S&DS

Lucilene que está há menos de um mês no cargo, demonstrou extrema preocupação com os servidores da pasta que segundo a mesma precisam ser vistos com olhares de cuidado em razão do estresse e sobrecarga a qual estão submetidos principalmente pela pandemia da Covid-19, que ainda não acabou.

“Estamos preocupados com a saúde dos nossos profissionais que estão adoecidos, cansados e estressados partindo do contexto que a pandemia trouxe sobre suas vidas. Estamos preparando medidas para minimizar esta situação que ainda não acabou, voltadas para a saúde dos nossos servidores”.

Florêncio disse que em relação aos recursos humanos, a pasta realizou concurso, no último domingo, para contratar mais 230 médicos em 47 especialidades, além de 101 enfermeiros e 50 cirurgiões-dentistas. O número de chamamentos (concursados) sempre ocorre em montantes superiores ao do edital.

Questionada sobre a ideia de construção do primeiro Hospital Geriátrico do DF, a secretária declarou total apoio à ideia.

“Quando a gente fala em hospitais vocacionados, sem dúvida alguma, a gente pensa nesses Hospitais Geriátricos, existe um diferença porque a gente poderia dizer Hospitais de Longas Permanência, porque esses pacientes ficam mais tempo nos hospitais, até pela resposta imunológica, então a gente sem dúvida, poderíamos ter, é um discussão que houve na SES, anos atrás, e eu defendo a ideia. Os pacientes idosos precisam de olhar diferente, de uma assistência diferenciada olhando por este conjunto não há o que questionar”.

Lucilene também defendeu a ideia de hospitais exclusivos, ditos vocacionados: ortopédicos, para doentes renais, para as mulheres, mas ressaltou que isso é uma decisão de governo (Executivo), não sendo para agora por se tratar de medidas de longo prazo.

A secretária também foi questionada sobre qual a posição pessoal sobre a construção de dois Hospitais Metropolitano na Região Integrada de Desenvolvimento do Distrito Federal e Entorno (RIDE), para desafogar a rede de saúde local.

“A questão do Entorno é preciso ter dois olhares. Quando a gente olha para todo o Entorno, toda a RIDE, a gente tem um Atenção Primária em Saúde (APS), de excelência, com uma cobertura muito boa. É preciso saber que a demanda do Entorno para a gente é por leitos de internação. Hospitais nas Regiões Metropolitana sem dúvidas iria desafogar bastante e a gente já experimentou esse desafogo quando as UPAs começaram a ser construídas em Luziânia, Valparaíso diminuindo o aporte de doentes aqui. Eu, acredito que cada vez mais, haverá uma menos dependência do Entorno em relação ao DF, porquê? Porque as políticas públicas no Estado de Goiás, elas tendem a melhor cada vez mais. É muito dolorido você morar em uma cidade e você não conseguir ter seu filho nesta cidade. Eu, acho que o começo de tudo seria a gente falar na RIDE sobre as maternidades. Valparaíso chegou a começar a fazer partos, só que o financiamento é insuficiente para que as prefeituras sobrevivam fazendo os pagamentos aos especialistas. Eu, acredito que teriam que ser hospitais estaduais, como foi o caso de Luziânia que de municipal se tornou estadual sobre a gestão do Estado”.