Capítulo 6 meses: Hélio Doyle deixa a Secretaria da Casa do Civil.

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Hoje no Bom dia DF (11/06), o ex-Chefe da Casa Civil do Distrito Federal, Hélio Doyle, em estúdio (ao vivo), colocou alguns pontos após matéria veiculada sobre a Câmara Legislativa pelo jornal.

O jornalista Guilherme Portanova perguntou a Doyle sobre sua saída do governo ao final da exibição da matéria em que os deputados distritais: Joe Valle (PDT), Chico Leite (PT), Agaciel Maia (PTC), Liliane Roriz (PRTB), Chico Vigilante (PT) e Sandra Faraj (SD), são entrevistados sobre as declarações feitas por Doyle ao desembarcar do governo Rollemberg.

Sem dar nomes, o ex-chefe da Casa Civil, apontou inclusive alguns dos deputados entrevistados como responsáveis pela “contaminação da CLDF”, em suas palavras.

Pontos negativos levantados por Hélio Doyle na relação da Câmara Legislativa com o Executivo:

“…a CLDF tem sido pouco republicana em suas relações.

…opera a troca de interesses.

…o mau que a CLDF faz para Brasília”.

Guilherme Portanova:

– Então ocorre chantagem?

Hélio Doyle:

– Em alguns casos a palavra adequada é chantagem.

Doyle também afirmou que deputados foram ao Buriti pedirem para o governo contratar empresa para assumir obra, indagado por Portanova quais seriam os deputados, Doyle resumiu em dizer que foram também ao governador Rollemberg com essa mesma proposta de indicar empresa para contratar com o governo.

Hélio Doyle:

“…deputado chegou ao ponto de pedir empresa pública”. Pra quê? Deixa a pergunta no ar Doyle.

“Deputados foram pedir para cancelar ATO DE INIDONEIDADE de empresa que eu havia assinado”. “Empresas que fraldaram licitações, que eu havia assinado ATO DE INIDONEIDADE, foram lá dirigentes de entidades sindicais pedir para eu anular os ATOs, eu falei, isso eu não vou fazer, mas eu tinha testemunhas lá assistindo minha conversa”.

“Eu sempre disse para empresários, se alguém nesse governo, pedir qualquer propina, achacar, venham me dizer, podem denúnciar, e, se não quiserem denunciar abertamente podem fazer a denúncia anônima”.

“Agora, com respeito aos deputados, eu sempre os recebi sozinho”…, (o jornalista Portanova faz uma intervenção na fala de Doyle e quebra a continuidade da fala. “Pelo o que o senhor está dizendo…claro!”), – continua Doyle -…”não foi só comigo não, eu tô também relatando, coisas que outros secretários me relataram”.

Portanova:

– Pelo o que o senhor está dizendo quando chega uma empresa para levantar a declaração de INIDONEIDADE, o deputado pediu uma estatal para administrar e deputado pedindo, sei lá mais o que! Virou um balcão de negócio, o pessoal tá vendendo apoio em troca, tá sendo mais comum do que se imaginava?

Doyle:

– Pra falar a verdade eu já imaginava por isso eu falei dos desafios que nós teríamos. Eu já imaginava, porque é assim infelizmente, é uma tradição antiga aqui em Brasília, a cultura política de Brasília é uma cultura atrasada, é uma cultura provinciana, uma cultura fisiológica do toma lá, dá cá, e esse governo veio com a intenção de implantar uma nova política, novos métodos políticos, um novo estilo político, e essa contradição entre o que se quer de novo, e a permanência dos velhos métodos das velhas práticas e que levou a esse conflito, em que eu resolvi sair do governo, porque eu virei alvo, eu virei o alvo preferencial, eu acho que se eu sou alvo devo sair fora para possibilitar que haja uma melhor relação entre o governo e a Câmara Legislativa, mas uma relação correta, uma relação positiva para a cidade, e não uma relação em benefícios para alguns.

Portanova:

– Eu tenho a esperança que desde o início da entrevista o senhor tenha mudado de ideia e reveja alguns nomes de algumas pessoas que tentaram alguns deputados que tentaram esse tipo de manobra, por exemplo, de pedirem uma empresa que assumisse determina obra, ou então pelo menos de que segmento era esse, que estatal é essa que o deputado queria tanto ser o administrador foi pedir para o governador.

Doyle:

– Veja só Portanova, eu estou fazendo, vamos dizer assim, é, uma denúncia política, vamos dizer assim para falar claramente, eu não vou dizer os nomes porque vão me se cobrado as provas, eu não tenho as provas, é como eu disse, eu não tenho as provas. Alguns desses fatos me foram relatados por pessoas nas quais eu acredito, inclusive pelo próprio governador. Pessoas nas quais eu acredito pessoas em quem eu confio. É uma questão de confiança, quem confiar no que eu estou dizendo, confia! Quem preferir confiar nas negativas confia nas negativas, é uma questão politica não é uma questão judicial vamos dizer assim.

É grave! a situação assim é bastante grave, eu acho que tem que acabar essa política, o governo precisa aprovar projetos na Câmara, o governo precisa da Câmara, a Câmara é importante, o poder legislativo é importante para a sociedade, é importante para a democracia mas em bases corretas, não nas bases do toma lá, dá cá!

O site:

“Não nos esqueçamos de que o Distrito Federal está praticamente parado, aguardando condições de governabilidade pela Câmara Legislativa que insiste em barganhar para aprovar projetos de interesses da sociedade”.