A convocação política do governador Ibaneis Rocha tem sido tratada como um verdadeiro espetáculo pirotécnico pelo deputado Aliel Machado (PV-PR).

O suplente na CPMI dos atos antidemocráticos de janeiro parece mais interessado em buscar seus minutos de fama do que em obter esclarecimentos verdadeiros sobre o papel do governador durante os lamentáveis eventos ocorridos naquele período.

CPMI dos Atos: a convocação de Ibaneis tem sido tratada como um verdadeiro espetáculo pirotécnico do deputado Aliel Machado.
Deputado Aliel MachadoFonte

Desde o início das invasões às sedes dos poderes, Ibaneis Rocha atraiu a atenção das autoridades e foi afastado do cargo após uma solicitação da Advocacia-Geral da União ao Supremo Tribunal Federal (STF). No entanto, mesmo após seu retorno ao poder, Aliel Machado insiste em questionar a conduta do governador e busca qualquer pretexto para justificar sua convocação política.

O foco da controvérsia parece residir na nomeação de Anderson Torres como secretário de Segurança Pública. O deputado questiona até que ponto Ibaneis estava ciente das ações do secretário e mantém-se obcecado em encontrar ligações que possam comprometer o governador. Além disso, Aliel Machado levanta preocupações sobre a permanência de Giderclay Zebalos Bezerra, um assessor de confiança de Ibaneis que também teria participado das invasões e feito publicações nas redes sociais.

É importante ressaltar que as acusações do deputado baseiam-se em suposições e conjecturas, sem provas concretas que sustentem sua tese de que Ibaneis colaborou, direta ou indiretamente, com os ataques. Ao buscar a convocação do governador, Aliel Machado mostra-se mais interessado em gerar polêmica e atrair a atenção da mídia do que em contribuir para a apuração dos fatos e a busca por soluções efetivas para a situação.

A atuação do deputado Aliel Machado, ao transformar a convocação política de Ibaneis Rocha em um espetáculo pirotécnico, revela uma falta de seriedade e compromisso com a verdade. Em vez de buscar uma análise objetiva e imparcial dos fatos, o parlamentar parece mais interessado em capitalizar politicamente a partir de um episódio trágico para a democracia brasileira.

A CPMI dos atos antidemocráticos é uma oportunidade importante para investigar e esclarecer os eventos ocorridos em janeiro. No entanto, é essencial que os parlamentares envolvidos ajam com responsabilidade e se concentrem em buscar a verdade, em vez de se engajarem em jogos políticos destrutivos. A convocação de Ibaneis Rocha deve ser tratada como uma medida legítima e necessária apenas se houver indícios consistentes de seu envolvimento direto ou conhecimento prévio dos atos ocorridos. Caso contrário, será apenas mais um espetáculo vazio que prejudica a credibilidade das instituições e não contribui para o avanço da democracia no país.