Anderson Torres: demissão a bem do serviço público é
Anderson Torres e Jair Bolsonaro (PL).
Jair Bolsonaro e o ex-subordinado Anderson Torres

O ex-ministro da Justiça do governo de Jair Bolsonaro – Anderson Torres – que teve apreendido em sua casa, localizada no condomínio Ville de Montagne, no bairro Jardim Botânico em Brasília, na terça passada (11/1), um rascunho de um decreto de estado de defesa para anular a vitória do atual presidente da República Luiz Inácio Lula (PT), declarou que o documento apreendido pela Polícia Federal (PF) em sua casa foi “vazado fora do contexto”.

A apreensão do rascunho de decreto para anular a vitória de Lula (PT) nas eleições de 2022, confiscado na casa do ex-ministro da Justiça Anderson Torres esclarece a ação ‘aloprada’ e negligente de Torres, que levou o governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), para o foco das investigações dos atos antidemocráticos praticados em Brasília (08/1), com a determinação de seu afastamento por (90) dias, do Governo do Distrito Federal (GDF), determinada monocraticamente pelo ministro Alexandre de Moraes, sendo referendada pelo plenário do STF; divergindo da medida os ministros André Mendonça e Nunes Marques que votaram contrário ao afastamento de Ibaneis.

Foi mantida a prisão preventiva do ex-secretário de Segurança Pública do DF, Anderson Torres, e do ex-comandante-geral da Polícia Militar do DF, coronel Fábio Vieira. A decisão se deu em sessão virtual extraordinária encerrada na quarta-feira (11).

As medidas foram impostas no âmbito do Inquérito (INQ) 4879 (atos antidemocráticos), depois dos atos terroristas praticados em Brasília no último domingo (8), quando vândalos invadiram e depredaram os prédios do STF, do Congresso Nacional e do Palácio do Planalto.

Em relação ao afastamento de Ibaneis Rocha, a providência foi tomada pelo ministro na análise de pedidos formulados pela Advocacia-Geral da União (AGU), pelo senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) e pelo diretor-geral da Polícia Federal (PF), Andrei Rodrigues. Já a prisão preventiva de Anderson Torres e de Fábio Vieira foi decretada após requerimento do diretor-geral da PF.

A suposta omissão e conivência de Ibaneis com a prática de atos terroristas contra a democracia e as instituições brasileiras se mostram excludentes, já que o rascunho do decreto de estado de defesa encontrado na casa de Torres coloca o mesmo, e o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), como suspeitos diretos de uma tentativa de golpe de Estado.  

Com informação do STF