UTI
Ivan Rodrigues
Hospital Regional da Asa Norte (HRAN) tornou-se referência no tratamento de pacientes infectados pela Covid

As sequelas de longo prazo de uma infecção causada por Covid afeta 1 em cada 10 pacientes. Dados demonstram que um terço desses pacientes continuarão mal e, em grande parte, incapaz para o trabalho se não tiverem assistência adequada.

O enigma paira sobre os sintomas que continuam a persistirem por semanas e até meses depois que o vírus é combatido pelo sistema imunológico.

A assistência a esses pacientes é falha por parte do Sistema Único de Saúde (SUS), que precisa criar clínicas de tratamento pós-covid nos ambulatórios médicos focadas na reabilitação dos pacientes.

Pesquisas mostraram que a fadiga persistente afeta mais de 60% dos pacientes acometidos pelo vírus, o que está sendo denominado de ‘covid longa‘ ou ‘síndrome pós-covid‘.

A Organização Mundial de Saúde (OMS) já afirma que cerca de 1 em cada 10 pacientes que se contaminaram com a covid-19 ainda podem apresentar sintomas 3 meses depois.

Os pacientes com ‘covid longa‘ também chamada de ‘síndrome pós-covid‘ se dividem em os que foram hospitalizados e os que não.

Pesquisa da Patient-Led Research Collaborative (PLRC)

De 3.762 pacientes que desenvolveram a covid longa, 77% ainda apresentavam fadiga após seis meses, 72% sentiam mal-estar pós esforço, 55% sofriam de disfunção cognitiva, e 36% das pacientes tiveram problemas com o ciclo menstrual.

Pesquisas com pacientes identificaram 98 sintomas diferentes

Como: fadiga, dores musculares e nas articulações, disautonomia, erupções cutâneas, distúrbios do sono, névoa cerebral, enxaquecas, dor no peito, sensibilidade a cheiros e do paladar, condição rara que causa um aumento rápido e desconfortável dos batimentos cardíacos ao desempenhar qualquer atividade física.

O SUS precisa se organizar com vista a este cenário, uma vez que já se fala na perenidade da Covid-19 no mundo.