Ministro da Saúde, José Gomes Temporão(Foto: Elza Fiúza/Agência Brasil)

O Cartão Nacional de Saúde tem como finalidade fornecer um atendimento mais rápido, facilitando a marcação de consultas e exames e melhorando o acesso aos medicamentos fornecidos pelo SUS. Este sistema, além de facilitar o atendimento, melhora o trabalho dos gestores e profissionais da área da saúde.


Como “instrumento de integração que possibilita a vinculação dos procedimentos executados no âmbito do Sistema Único de Saúde, o Cartão Nacional de Saúde ou Cartão SUS sistematiza o usuário ao profissional que realizou o procedimento e também a unidade de saúde onde fora realizados”.
A falácia do Ministro da Saúde, José Gomes Temporão, virou propaganda enganosa. Uma ideia boa, que se tornou em tragédia da má gestão.

O Ministério da Saúde ao se deixar envolvido por intere$$es dos fornecedores de equipamentos de informática sucumbe a cidadania de direito do usuário do SUS.
Duas empresas fornecedoras de serviços e equipamentos de informática foram agraciadas com R$ 89,2 milhões, numa licitação acusada de direcionamento. Seriam 10 mil máquinas para 44 cidades de um projeto piloto. Já se passaram (10 dez anos) e o gasto saltou para R$ 327 milhões, sem incluir no atual valor 74,3 milhões doados pela UNESCO. Total 401 milhões.

O orçamento desse ano 48,1 milhões, poderá acrescer as cifras da vergonha.
“O repórter Dimmi Amora, do jornal Folha de São Paulo, mostrou o que aconteceu com esse ervanário. Uma inspeção feita em 7 das 44 cidades do projeto piloto revelou que, das 1937 máquinas distribuídas, só 7 funcionava. Prensaram-se 1,1 milhão de cartões, mas pelo menos 346 mil estão engavetados.

Triunfal, o Ministério da Saúde informa que o “doutor Temporão ordenou, em 2008, a reformulação do cartão, principalmente na adaptação tecnológica”. “ Talvez o ministro fizesse melhor chamando a polícia federal, sem reformular coisa alguma, muito menos na adaptação tecnológica de um projeto que clama pela ajuda humanitária da medicina orçamentária. No final de 2005, quando o plano já tinha naufragado, o Ministério da Saúde estendeu-o para as cidades de Fortaleza e Aracaju com contrato de R$ 11,8 milhões, sem licitação.

Depois de se gastar meio bilhão de reais numa coisa que não funciona, o melhor que se tem a fazer é investigar o que aconteceu, se possível com ajuda da Polícia Federal, afirma o jornalista Elio Gaspari da Folha de São Paulo.
“Já é passada a hora de acionar o Ministério Público Federal e o Tribunal de Contas da União para controlar essa gastança de dinheiro público, ressalta Ivan Rodrigues”.