Depois de 18 anos em Ceilândia, a transferência do Maior São João do Cerrado para a Esplanada dos Ministérios não empolgou o público. Conhecida como a maior festa junina fora de época do Brasil, o evento aconteceu na noite desta sexta-feira (15), mas registrou uma participação bem abaixo da esperada, em contraste com as edições no coração da maior cidade nordestina do Distrito Federal, onde o espaço sempre se tornava pequeno diante da multidão.
A programação do evento manteve sua diversidade característica, com oito áreas simultâneas reunindo shows de forró com artistas renomados, apresentações de quadrilhas juninas, espetáculos circenses, danças folclóricas, gastronomia típica nordestina, artesanato e atividades para toda a família. Tudo de forma gratuita.
Ainda assim, o público presente não compareceu em massa. O produtor cultural Natinho Dourado, de Brasília, destacou a diferença:
“Já são 20h20 e o público praticamente pode ser contado nos dedos. Diferente de Ceilândia, que a essa hora já estaria lotada”, afirmou.
A frustração também atingiu os comerciantes. Marco Linhares, especializado em carne de sol, avaliou que o novo endereço prejudicou o movimento:
“Se fosse em Ceilândia, como em edições anteriores, já teríamos tido um bom lucro. Ao meu ver, a festa não vingou aqui no centro da Esplanada”, lamentou.
O portal tentou contato com a produtora cultural Edilane Pessoa de Oliveira, responsável pelo evento, para comentar sobre a baixa adesão do público, mas não obteve retorno até o fechamento desta reportagem.
