Caiado e Bolsonaro: paralelos na política pró-polícias e na defesa das forças de segurança

Governador Ronaldo Caiado recepciona integrantes do 22º Curso Operacional de Rotam (Foto: Junior Guimarães)

Jair Bolsonaro construiu grande parte de sua imagem política sobre um pilar militarista. Capitão reformado do Exército, sempre se apresentou como defensor das Forças Armadas e das polícias, reforçando uma agenda de valorização salarial, investimento em equipamentos e ampliação da autonomia das corporações. Sua retórica, marcada por elogios e respaldo aos agentes de segurança, ajudou a consolidar apoio expressivo entre militares e policiais.

De forma semelhante, o governador de Goiás, Ronaldo Caiado [União Brasil], sempre adotou uma postura pró-polícias que ecoa o discurso bolsonarista nesse campo. Caiado defende com veemência a necessidade de fortalecer as forças de segurança, ampliando recursos, modernizando estruturas e, sobretudo, blindando as corporações contra críticas que, segundo ele, desconsideram o papel fundamental da polícia na preservação da ordem pública.

“O que queremos é proporcionar segurança para as pessoas,” reforça Caiado. 

A gestão goiana tem investido em treinamentos de alto nível, equipamentos modernos e políticas de reconhecimento profissional. Além disso, Caiado costuma se posicionar publicamente em defesa dos agentes, especialmente diante de casos polêmicos, reiterando que a segurança do estado depende de corporações respeitadas e valorizadas.

Se Bolsonaro simboliza o “militar no comando” e um vínculo direto com a caserna, Caiado representa a figura do político civil que adota a pauta militarista como diretriz estratégica de governo. Em ambos os casos, a narrativa converge: polícias fortalecidas significam, para eles, um estado mais seguro.