Senadora de direita detona Eduardo Bolsonaro: “Moleque” e culpado por tornozeleira do pai

Senadora Margareth Buzetti (PSD-MT).

A senadora Margareth Buzetti (PSD-MT) afirmou em entrevista nesta terça-feira (22) que a culpa de Jair Bolsonaro ser alvo de medida cautelar para usar tornozeleira eletrônica é do deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP). Conforme a parlamentar, o que o filho do ex-presidente faz nos Estados Unidos é um “abuso” contra o país e contra o próprio pai. Por fim, ainda o chamou de “moleque”.

“É um abuso o que o Eduardo Bolsonaro está fazendo nos Estados Unidos com o país e com o pai dele. A culpa de o Bolsonaro estar de tornozeleira [eletrônica] é desse moleque”, afirmou a senadora.

Margareth Buzetti também afirmou que é necessário uma contenção ao Supremo Tribunal Federal (STF), por reconhecer que a Corte tem cometido abusos. A senadora também foi questionada sobre a mudança de postura de Eduardo Bolsonaro em relação à defesa da tarifa de 50% imposta pelos Estados Unidos a produtos brasileiros.

A parlamentar argumentou que o deputado disse em vários vídeos estava negociando pela tarifa e que de fato teria uma taxação. “O que adianta mudar agora? Está gravado”, questionou Margareth Buzetti.

Tornozeleira eletrônica

O ex-presidente Jair Bolsonaro foi alvo de busca e apreensão da Polícia Federal (PF) na última sexta-feira (18). A decisão do ministro Alexandre de Moraes, do STF, que autorizou a ação policial também impôs medidas cautelares ao ex-mandatário. Entre elas: o uso de tornozeleira eletrônica, a proibição de conversar com o filho Eduardo Bolsonaro e a proibição de utilizar redes sociais, que se estende também à possibilidade de dar entrevistas.

Na segunda-feira (21), Jair Bolsonaro esteve presente na Câmara dos Deputados para reunião do Partido Liberal com objetivo de definir os novos rumos e prioridades da sigla para o segundo semestre do ano legislativo. Apesar de o ex-presidente não ter dado entrevista diretamente, apenas breves declarações e ter mostrado a tornozeleira, o ministro Alexandre de Moraes deu 24h para a defesa de Bolsonaro explicar as ações.

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