Anderson Torres fala em suicídio

Torres recebeu no dia (17) atendimento de uma psicóloga. 

Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

O ex-ministro da justiça do governo Bolsonaro, Anderson Torres, está preso em Brasília, desde o dia 14 de janeiro, quando pressionado, retornou dos Estados Unidos, há exatos 14 dias.  

O mandado de prisão preventiva contra Torres foi decretado pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), em razão da invasão e vandalização dos Três Poderes ocorrida em (08/01), suspeito de ter sido conivente com os atos terroristas na Esplanada dos Ministérios, ocasião que respondia pela secretaria de Segurança Pública do DF. 

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Preso no 4º batalhão da Polícia Militar na cidade do Guará, Torres dá sinais de cansaço com a clarividência que foi deixado na cova do STF sozinho e que só pode ”contar realmente com sua família,” como tem falado. Torres se manteve em silêncio em seu primeiro depoimento à PF, no dia (18).

Um dos advogados de Torres, Demóstenes Torres, sabe que seu cliente tem mais motivos para falar do que ficar calado no depoimento remarcado para o dia 2 de fevereiro, às 10h30, após ter acesso ao conteúdo de inquéritos sigilosos.

A esposa Flávia Sampaio Torres e os filhos, ‘querem o pai de volta ao lar’, mas para isso, os advogados já alertaram que há um preço a se pagar, que de longe está amparado no direito ao silêncio.   

A decisão solitária e intransferível cabe apenas a Torres – a família ou a preservação dos muy amigos – que assistem a deterioração pública da imagem do ainda delegado de polícia federal, Anderson Gustavo Torres.