Assembleia geral virtual dos enfermeiros que aprovou o calendário de mobilizações em prol da aprovação do Projeto de Lei 2564/2020 – atendendo ao chamamento da Federação Nacional dos Enfermeiros (FNE).

Os mais de 43 mil enfermeiros da rede pública e privada do DF, que já estão imunizados, não se importam com as vidas dos milhares de brasiliense que ainda não receberam a vacina contra Covid.

A categoria anunciou para o final de junho, a paralisação de suas atividades nos postos de vacinação do DF e em todos os pontos de drive-thru.

A Federação Nacional dos Enfermeiros (FNE) quer pressionar o legislativo federal para a aprovação do Projeto de Lei nº 2.564/2020, que estabelece um novo piso salarial para a categoria.

A proposta estabelece salário de R$ 7.315 para enfermeiros; R$ 5.120 para técnicos e R$ 3.657 para os auxiliares de enfermagem e parteiras. É justa a reivindicação da enfermagem, mas não neste momento de pandemia no Brasil, em que a força motriz maior contra a Covid são esses valorosos profissionais.

O Sindicato dos Enfermeiros (SindEnfermeiro-DF) sabe que, no caso do DF, os  servidores públicos de enfermagem, sejam enfermeiros ou técnicos de enfermagem, têm os maiores salários do país.

O salário médio dos enfermeiros da rede pública do Rio de Janeiro, por exemplo,  é de R$ 3.691 por 40 horas. Já em Sergipe é bem menor: R$ 2.588 por mês.

No DF, a carga horária de um enfermeiro ou técnico enfermagem é de 20h.

Os enfermeiros da rede pública do DF recebem em média R$ 6 mil iniciais quando somados insalubridade e outros benefícios. Os técnicos chegam a R$ 3 mil pela mesma jornada.

Parar o processo de vacinação, dos que correm contra o tempo pela vida, é uma ação cruel no  momento que o DF conseguiu imunizar apenas (698.243) pessoas com a primeira dose.

Entre estes, (146.067) são trabalhadores de saúde que atuam nas redes pública e privadas da capital federal.

Não é honesto paralisar o processo de vacinação no momento que a sociedade luta pela vida.

O sindicato dos enfermeiros não pode usar a máquina mortífera da pandemia como arma política para negociar os seus salários.