22 de Fevereiro de 2020

Redação


O “trolling” que faz de Bolsonaro ser entendido e odiado

Aconselhado por Olavo de Carvalho, Bolsonaro continuará usando a tática de [Troll] em seu plano de reeleição.

Bolsonaro continua falando o que todo mundo está pensando num tom de brincando – jogo dúbio – entre o que é brincadeira e o que é sério.

O presidente está sempre introduzindo temas que são polêmicos e são encarados como comentários racistas, homofóbicos ou machistas…, embora não seja; para sentir o termômetro de reação – indignação, fúria ou mesmo de aceitabilidade – para atrair a atenção para o tema e si mesmo.

Nesta semana (18/2), a jornalista Patrícia Campos Mello, do jornal Folha de S.Paulo, sentiu-se ofendida após Bolsonaro dizer que a repórter “Ela queria dar um furo a qualquer preço contra mim”.

Furo de reportagem – Em Jornalismo é o jargão para a informação publicada em um veículo antes de todos os demais.

A gíria de internet que denomina o ato de provocar pessoas e inflamar discussões acaloradas surgiu no fim dos anos 80. Esse termo “troll” é mais antigo do que se imagina. O primeiro registro escrito é do século 9 e se refere a seres da mitologia nórdica parecidos com ogros.

Designando seres gigantescos, horrendos, grosseiros e não muito inteligentes. O primeiro relato do uso da expressão para descrever ações de provocar uma reação é data de 1972: pilotos dos EUA usavam “trolling” para se referir a caças russos MiG, rivais na Guerra do Vietnã. Daí, o troll ganhou a internet.