Foto por telebits
 Após quatro anos e mais de R$ 40 milhões gastos pelo GDF, prontuários eletrônicos funcionam apenas em Samambaia e Brazlândia. Uma das principais promessas de campanha de 2 últimos governos e do atual, a implantação em toda a rede de saúde dos prontuários eletrônicos – conhecidos como Cartão Saúde – ainda engatinha no Distrito Federal. Após gastar mais de R$ 40 milhões, em quatro anos, para informatizar e interligar os dados dos pacientes, o GDF só conseguiu implantar o serviço nas cidade de Samambaia e Brazlândia. O Ministério Público e o Tribunal de Conta do DF investigam os contratos feito sem licitação, hoje executados pela empresa InterSystems. Enquanto isso, a população sofre com as perdas de prontuários, como noticiado pela Rede Globo em 2010. A aposentada Albanita Iralda, por exemplo, teve cirurgia adiada no Hospital de Base porque os médicos não tinham como acessar suas informações. Ela precisou refazer diversos exames. “Eu vim me consultar e cadê o prontuário?” O ORÇAMENTO TRANSPARENTE e o BLOG EM DEFESA DA SAÚDE, que investigaram contratos no Sistema Integrado de Gestão Governamental (SIGGO), querem saber o que foi feito com os recursos e por que a promessa de campanha do atual governo continua sendo postergada. De acordo com informações do GDF, os prontuários de papel vão continuar correndo risco de extravio até dezembro de 2011, quando a digitalização supostamente estará completa. No Gama e no Guará, computadores chegaram a ser instalados, mas estão sem funcionar. Apenas as Regionais de Samambaia e Brazlândia estão interligadas.Não é admissível o governo gastar mais R$ 40 milhões para digitalizar todos os prontuários do DF e o sistema só funcionar em duas das 30 regiões administrativa.. Contrato – A informatização dos prontuários médicos no DF começou no final de 2005 com a empresa Pró-Data, que utilizava o mesmo sistema de agora, chamado TrakCare. Os valores gastos nesse período não são claros, pois estão somados às ações de informatização da Educação nos registros da Codeplan. Em 2007, a empresa TrakHealth assumiu o serviço, e no ano seguinte foi comprada pela InterSystems. O GDF justifica a demora em implantar o serviço em função dos sucessivos questionamentos do Ministério Público, Tribunal de Contas e empresas participantes, que teriam atrasado a realização do último pregão, vencido pela InterSystem. Esse argumento causa estranheza, visto que o serviço vinha sendo realizado até o início de agosto de 2009 sem licitação. O que as empresas questionaram foi a participação da InterSystem na realização do pregão para um novo contrato, pois ela já tem todo o conhecimento da execução do serviço.