Preso, Renê Nogueira Júnior deverá responder pelos crimes de ameaça e homicídio qualificado, por motivo fútil e uso de recurso que dificultou ou impossibilitou a defesa da vítima
Por Paulo Assad
O empresário Renê da Silva Nogueira Junior, acusado de matar a tiros o gari Laudemir de Souza Fernandes na terça-feira (12), em Belo Horizonte (MG), já tem passagens pela polícia no Rio de Janeiro. Ele já foi investigado por um homicídio culposo, quando não há intenção de matar, ocorrido em um acidente de trânsito e por um episódio de violência doméstica.
Em 2011, Renê Nogueira teria atropelado uma mulher no Recreio dos Bandeirantes. Segundo a Polícia Civil o caso foi investigado pelo 42ª Delegacia de Polícia, e o inquérito, enviado ao Ministério Público. Procurado, o MP-RJ não confirmou se o caso resultou em uma denúncia enviada à Justiça do Rio.
Renê Nogueira também foi investigado por um episódio de violência doméstica, ocorrido na cidade fluminense de Belford Roxo. A investigação foi enviada à Justiça, segundo a Polícia Civil do Rio de Janeiro.
Procurada, a defesa de Renê Nogueira Júnior ainda não se manifestou. O espaço segue aberto.
Entenda o caso
O caso aconteceu nesta segunda-feira em Vista Alegre, no Oeste da capital mineira. O boletim de ocorrência aponta que René dirigia um carro da marca BYD quando, por volta das 9h, se aproximou de um caminhão de lixo, que vinha na direção contrária. O motorista do veículo teria ameaçado a condutora do caminhão e dito que iria “atirar na cara dela”, caso não desse passagem. Na sequência, ele teria disparado contra os garis e atingido Laudemir.
O gari foi atingido no peito. Ele chegou a ser levado para um hospital de Contagem, mas não resistiu aos ferimentos. O corpo foi levado ao Instituto Médico-Legal (IML), submetido a exames e, posteriormente, liberado aos familiares.
René foi preso horas depois em uma academia de alto padrão do bairro Estoril. Ele foi encaminhado ao sistema prisional e vai responder pelos crimes de ameaça e homicídio qualificado, por motivo fútil e uso de recurso que dificultou ou impossibilitou a defesa da vítima.




