Na feira da 216 Norte, consenso é um só: Celina e Ibaneis já largaram na frente em 2026

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Ibaneis Rocha e Celina Leão
Ivan Rocha

Na feira da 216 Norte em Brasília, um dos pontos mais movimentados da esquerda nos fins de semana, a política local é prato principal das conversas entre os frequentadores dos sábados. Em meio a comerciantes, consumidores e figuras conhecidas dos bastidores partidários, o consenso parecia claro: a oposição no Distrito Federal está fragmentada e sem rumo para 2026.

No espaço que se tornou reduto histórico dos “capas pretas” do PT e de partidos aliados, as análises deste sábado (23) eram uníssonas: Celina Leão [PP] consolidou sua condição de candidata natural ao Buriti, enquanto Ibaneis Rocha [MDB], se reposiciona como nome forte para o Senado Federal em 2026. “O que se vê é um governo que ocupa espaços e uma oposição que encolhe”, confidenciou um ex-dirigente petista que ainda circula nas rodas de sábado.

O tom predominante foi de autocrítica. Militantes veteranos reconheceram que o campo progressista envelheceu e perdeu a capacidade de renovação. “Não levantamos novas lideranças, ficamos presos ao passado”, disse um representante do alto clero da esquerda brasiliense. A frase ecoou nas conversas como retrato fiel de uma realidade: os nomes tradicionais não empolgam mais e os novos ainda não conquistaram protagonismo.

Enquanto isso, o burburinho da feira refletia o que já se comenta nos corredores do poder: “Se nada mudar, 2026 já tem dono”.