Conselho de Saúde do DF aprova contratação de serviços de Neonatologia na rede pública para suprir déficit de neonatologistas

Conselho de Saúde do DF aprova contratação complementar para suprir déficit de neonatologistas

O Conselho de Saúde do Distrito Federal aprovou, em Reunião Ordinária realizada em 12 de agosto, a Resolução nº 650/2025, que autoriza, de forma excepcional e temporária, a complementação dos serviços de Neonatologia na rede pública por meio de credenciamento de profissionais. A medida terá validade de até dois anos e busca enfrentar o déficit de médicos neonatologistas que compromete o funcionamento das unidades de terapia intensiva neonatal [UTIN] no DF.

Segundo o documento, a Secretaria de Saúde do DF [SES-DF] já havia adotado diferentes estratégias para reduzir a carência desses especialistas, como a convocação de aprovados em concurso, ampliação de carga horária e mudança de especialidade para a área neonatal. No entanto, as ações não foram suficientes para garantir a cobertura adequada dos plantões e o desbloqueio dos leitos de UTI.

O credenciamento será realizado com inexigibilidade de licitação, em valores estimados em R$ 24,2 milhões, já aprovados pela Comissão Intergestores Bipartite [CIB]. A decisão do Conselho inclui condicionantes, como a exigência de monitoramento contínuo por meio de indicadores assistenciais e relatórios trimestrais de produtividade, a garantia de acesso humanizado e equânime aos recém-nascidos, além da priorização da transparência e regionalização na contratação dos prestadores.

A vigência do contrato será de 12 meses, renovável por mais 12 meses, sem possibilidade de prorrogação. Ao final do período, a expectativa é que a SES-DF apresente um novo concurso público para recomposição da carreira de médico neonatologista, de forma a substituir a medida emergencial por solução definitiva.

O presidente do CSDF, Domingos de Brito Filho, destacou que a aprovação se deu após a análise do processo encaminhado pela Secretaria de Saúde e que a responsabilidade pela execução caberá exclusivamente à pasta. A resolução foi homologada pelo secretário de Saúde, Juracy Cavalcante Lacerda Júnior, e já entrou em vigor na data de sua publicação.