Unidade foi inaugurada pelo GDF nesta quarta-feira (6), mas está de portas abertas desde abril, com atendimento a 188 crianças
Taguatinga ganhou mais um Centro de Educação da Primeira Infância (Cepi). Batizado de Asa Branca, o espaço foi inaugurado nesta quarta-feira (6) pelo Governo do Distrito Federal (GDF), com capacidade para atender 188 crianças. Foram investidos mais de R$ 6 milhões na obra, recursos provenientes do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) e de contrapartida do GDF. Os serviços foram executados por empresa contratada pela Companhia Urbanizadora da Nova Capital (Novacap) para fortalecer a oferta da Secretaria de Educação do Distrito Federal (SEEDF).
Durante a inauguração simbólica, o governador Ibaneis Rocha afirmou que a entrega de mais um Cepi representa o esforço do GDF em reduzir a fila de creches. “Para a gente, é um momento de muita alegria. Nós assumimos um desafio muito forte em janeiro de 2019, quando tínhamos cerca de 26 mil crianças fora das creches. Hoje, nós temos menos de 2,5 mil e até dezembro esperamos estar com a fila zerada no DF”. Além do Cepi entregue nesta quarta, o GDF tem mais nove prontos para inaugurar, sete em licitação e 33 em fase de projeto, segundo a secretária de Educação, Hélvia Paranaguá.
O chefe do Executivo local lembrou ainda outras ações do governo que têm garantido a presença das crianças na educação infantil, como o aumento do repasse do Cartão Creche para as entidades privadas. “Nós fizemos o reajuste da tabela, o que está aumentando a quantidade de creches privadas que estão buscando dar esse atendimento”, acrescentou.
O governador Ibaneis Rocha aproveitou a solenidade para anunciar um projeto em desenvolvimento. Trata-se de uma bolsa para alunos da rede pública aprovados no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) em universidades de outros estados: “Vamos criar uma bolsa para cada aluno, para que possamos ajudar no custeio das famílias. Porque a grande maioria está passando graças às melhorias do ensino e tem a oportunidade de estudar numa boa universidade. Temos que pensar na educação integral, desde a pequena idade até a universidade.”
A vice-governadora Celina Leão reforçou que “a inauguração do Cepi Asa Branca faz parte do esforço deste GDF para fortalecer a educação infantil no Distrito Federal, ampliando o acesso ao ensino de qualidade e o desenvolvimento integral das crianças desde os primeiros anos de vida. Além disso, é uma tranquilidade, especialmente, para as mães que podem trabalhar sabendo que seus filhos estão bem-cuidados e assistidos”.
Localizado no Setor J Norte de Taguatinga, o Cepi Asa Branca segue o padrão Tipo 1 em lote de 7.200 m², com área edificada de 1.311,97 m² | Foto: Joel Rodrigues/Agência Brasília
Educação infantil
A secretária de Educação do DF, Hélvia Paranaguá, pontuou a importância das creches para o desenvolvimento infantil. “É o primeiro momento que a criança vai ter contato com os colegas, porque a escola, além de ofertar aos estudantes a aprendizagem pelas disciplinas, é um ambiente de socialização. A criança aprende a ter limites, a trabalhar em grupo. É todo um trabalho que vem sendo feito na formação desses futuros cidadãos. A mãe vai trabalhar com tranquilidade porque a criança fica 10 horas assistida no espaço, com insumos, uniforme e cinco refeições. Ela vai para casa com banho tomado e alimentada, só para dormir”, destacou.
De portas abertas desde abril, atualmente a unidade atende 188 crianças em tempo integral, com funcionamento das 7h30 às 17h30
Hélvia Paranaguá destacou também o novo manual do GDF, atendendo a uma recomendação do Ministério Público do Distrito Federal e dos Territórios (MPDFT) que define mais critérios para as vagas. “Colocamos crianças que são filhas de mães vítimas de feminicídio e pessoas em situação de rua… Então, vários outros aspectos que não estavam previstos no manual anterior foram colocados, para que a gente possa fazer o filtro e proteger quem precisa mais nesse momento”, explicou. “Outra coisa importante é que agora a mãe só tem direito a três recusas”. A nova regra permitirá o andamento da fila, que antes ficava parada até o responsável aceitar uma vaga.
Por Catarina Loiola e Ian Ferraz, da Agência Brasília* | Edição: Carolina Caraballo
*Colaborou Adriana Izel






