Lula, pega o IOF e enfia no SUS!

A força política de enfermeiros e médicos na saúde pública na condução dos eleitores
Foto: Hora do Povo

Em 2026, o brasileiro vai trabalhar 153 dias só para bancar os tributos. Quatro dias a mais do que em 2025 — e sem ver retorno na saúde, educação ou segurança.

O governo quer mais. Mais do seu tempo, mais do seu suor e mais do seu dinheiro. O aumento do IOF [Imposto sobre Operações Financeiras] vai empurrar o trabalhador brasileiro a ralar 153 dias em 2026 só para pagar impostos. São quatro dias a mais que em 2025, segundo levantamento do Instituto Brasileiro de Planejamento e Tributação [IBPT].

Sim, quase cinco meses de trabalho apenas para sustentar o Estado, que em troca oferece filas no SUS, escolas caindo aos pedaços e transporte público precário. E agora vem o governo, com apoio da base no Congresso, querer subir o IOF — um dos tributos mais silenciosos e perversos do sistema.

“O aumento do IOF é mais um retrocesso. O brasileiro já dedica quase cinco meses do ano ao Estado e agora terá que sacrificar ainda mais dias sem ver melhoria nos serviços públicos”, critica João Eloi Olenike, presidente-executivo do IBPT.

O IOF está em tudo: empréstimos, seguros, câmbio, crédito rotativo, financiamento de casa, carro e até remessas para o exterior. E tem efeito cascata. A indústria paga, repassa ao comércio, que embute no preço final — e o consumidor, claro, paga de novo. Ou seja: trabalhamos mais, pagamos mais e recebemos menos.

“O IOF é um imposto embutido, silencioso e cruel. Penaliza principalmente os mais pobres, que dependem de crédito para sobreviver”, afirma Gilberto Luiz do Amaral, do Conselho Superior do IBPT.

O mesmo estudo revela que 40,82% da renda anual do brasileiro é consumida por tributos, sendo 83 dias só com consumo, 55 com impostos sobre a renda e 11 sobre o patrimônio. É uma das cargas tributárias mais altas do mundo. E o retorno? Um SUS sobrecarregado, com falta de médicos, leitos e insumos — ironicamente, o destino “teórico” de parte desses tributos.

Os brasileiros e eu queremos saber:

Lula, esse aumento do IOF vai pelo menos reforçar o orçamento do SUS? Vai garantir mais médicos nas periferias? Vai reduzir a fila de cirurgias eletivas?

Ou vamos continuar apenas financiando uma máquina pública cara, inchada e ineficiente?

Enquanto o governo aperta o cerco tributário, quem sente a dor é o povo — que trabalha quase metade do ano para sustentar o sistema e ainda é tratado como culpado.

É hora de parar de pagar mais por menos. E começar a cobrar: Lula, pega esse IOF e enfia no SUS!