SindMédico ameaça a vida ao atacar contratação emergencial de especialidades médicas de difícil provimento

Mortes silenciosas? Profissionais relatam suspeitas do uso de KCl para abreviar vidas em hospitais brasileiros

Editorial

Em um ato que desafia o bom senso e o compromisso com o bem-estar da população, o SindMédico DF se posiciona contra a contratação emergencial de especialistas médicos em áreas de difícil provimento. Com a Representação n° 39/2024 – G2P, a entidade tenta frear uma medida vital para a assistência pública, ao alegar suposta irregularidade no decreto que autoriza a contratação indireta de médicos, necessária para garantir o atendimento de pacientes em estado crítico.

Estamos falando de especialidades médicas como anestesistas, neurocirurgiões, pediatras e oncologistas, profissionais cuja ausência pode significar, literalmente, a diferença entre a vida e a morte para muitos. O decreto do Governo do Distrito Federal foi uma resposta urgente à crônica falta de especialistas no sistema público, que afeta diretamente os mais vulneráveis — aqueles que dependem do SUS para obter o mínimo necessário em saúde.

O argumento do SindMédico é de que a medida viola o princípio do concurso público. Mas, qual seria o impacto de aguardar meses ou anos para a realização de um concurso, enquanto leitos hospitalares continuam vazios por falta de médicos? Enquanto mães desesperadas buscam atendimento pediátrico para seus filhos e pacientes oncológicos aguardam por tratamentos que não podem ser adiados?

A verdade é que o SindMédico, ao invés de defender a saúde e a dignidade humana, parece estar mais preocupado em proteger formalidades burocráticas, desconsiderando o direito à vida e à assistência de milhares de cidadãos garantidos pela Constituição Federal. O interesse coletivo de salvar vidas deve estar acima de qualquer tentativa de obstrução legalista que só perpetua o sofrimento daqueles que mais precisam.

Em tempos de crise, como a que ainda enfrentamos no setor de saúde pública, é fundamental que a busca por soluções práticas e rápidas prevaleça. As populações mais vulneráveis do Distrito Federal não podem ser reféns de interesses corporativistas que ignoram a urgência da situação. A tentativa de barrar a contratação emergencial de especialistas de difícil provimento é uma afronta ao direito básico à saúde e à vida. O SindMédico, ao invés de contribuir junto à SES-DF para o fortalecimento do sistema de saúde, opta por um caminho que pode agravar ainda mais o caos.

A população não pode ficar sem assistência enquanto disputas burocráticas se arrastam. O direito à vida é inegociável e não deve ser colocado na mesa de negociação.