Proibição no Colégio Militar: Vale Tudo, Menos Dançar Homem com Homem, Mulher com Mulher

Proibição no Colégio Militar: Vale Tudo, Menos Dançar Homem com Homem, Mulher com Mulher
Colégio São Luís

Viva São João, Viva Santo Antônio, Viva São Pedro e Viva a inclusão. 

Brasília – No Colégio Militar de Brasília, administrado pelo Corpo de Bombeiros do Distrito Federal, as regras da festa junina são claras: “Só não vale dançar homem com homem, nem mulher com mulher.” Parecendo até o refrão de música: “Vale Tudo” de Tim Maia, sendo está uma orientação oficial para os alunos do ensino médio.

Inspirando-se na célebre canção “Vale Tudo” de Tim Maia, a direção do colégio parece ter criado sua própria versão da letra:

Vale, vale tudo, Vale, vale tudo, Vale o que vier, Vale o que quiser, Só não vale, Dançar homem com homem, Nem mulher com mulher, O resto vale.

O comunicado interno recomenda que, na falta de pares heterossexuais suficientes, os alunos se apresentem em coreografias solo ou encenações. Essa diretriz foi assinada pelo centro de orientação e supervisão do ensino assistencial do colégio.

Vale tudo, menos inclusão?

Em nota, o Colégio Militar de Brasília afirmou: “Nunca emitimos nenhuma diretriz discriminatória. Qualquer sugestão em contrário é baseada em um planejamento cancelado e não em um documento oficial.” O colégio se mostrou surpreso com as notícias de discriminação, alegando que suas práticas culturais envolvem todos os alunos, pais e colaboradores.

A tradicional “Festa das Regiões,” marcada para os dias 8, 14 e 15 de junho, deve reunir mais de 12.000 pessoas para celebrar a cultura brasileira. Segundo o colégio, a escolha das danças culturais foi dos alunos, com suporte institucional, respeitando a liberdade dentro dos princípios do colégio.

Com a letra do forró adaptada:

Vale, vale tudo, Vale, vale tudo, Vale o que vier, Vale o que quiser, Só não vale, Dançar homem com homem, Nem mulher com mulher, O resto vale.

Enquanto a direção do colégio ressalta valores como respeito, liberdade, família e comunidade, a polêmica levantada pela proibição das danças entre pessoas do mesmo sexo ainda repercute. No entanto, a instituição defende que não houve intenção discriminatória e que todos os alunos são protegidos e respeitados dentro das normas vigentes.

Ressaltando com humor:

Vale, vale tudo, Vale, vale tudo, Vale o que vier, Vale o que quiser, Só não vale, Dançar homem com homem, Nem mulher com mulher, O resto vale.

Nota do Colégio Militar de Brasília

“Nos surpreendem as notícias sobre uma possível discriminação no Colégio Militar Dom Pedro II, instituição que trabalha para eliminar qualquer discriminação entre seus quase 4.000 alunos.

Em relação às atividades culturais mencionadas, o CMDP II realiza eventos com a participação de todos os alunos, pais e colaboradores. Nos dias 8, 14 e 15 de junho, ocorrerá a tradicional “Festa das Regiões”, que envolve mais de 12.000 pessoas e celebra a cultura das cinco regiões do Brasil.

Ressaltamos que a escolha das danças culturais foi feita pelos próprios alunos, com suporte do CMDP II, garantindo liberdade de escolha dentro dos princípios institucionais. A dança típica do forró, por exemplo, foi uma decisão dos alunos, destacando-se pela formação de pares e valorização da cultura nordestina. Ressaltando que não houve formação completa de pares, tendo em vista que o número de alunos homens foi inferior ao número de alunas mulheres na respectiva série. Uma realidade em que diante da situação as alunas que estavam desacompanhadas desenvolveram o treinamento da dança com outras alunas, sem problema algum. Tudo tendo em vista o escopo cultural e pedagógico do evento.

O CMDP II Nunca emitiu nenhuma diretriz discriminatória, fato que possuímos meio formal para informações à comunidade como a plataforma Escolaweb e nunca houve nenhum documento com tais orientações.

Os alunos menores do CMDP II, em desenvolvimento, são protegidos integralmente, respeitando as leis e regulamentos.

Destacamos o respeito, a liberdade, a família e a comunidade como valores essenciais. Não há vínculo entre nossas atividades e discriminação de qualquer ordem.”