O vírus da influenza ou gripe, são compostos de RNA de hélice única, pertencente a família dos Ortomixovirus e subdivide-se em 3 tipos a saber: A,B e C, de acordo com sua diversidade antígena. São vírus altamente transmissíveis e mutáveis, sendo que o tipo A é mais mutável que o B e este mais mutável que o C. Os tipos A e B causam maior morbidade e mortalidade que o tipo C, por isto são de interesse na saúde publica.

Paulo é coordenador de Planejamento do Comitê de Emergência Covid-19 | Foto: Divulgação
SARS-CoV-2: coronavírus

SARS-CoV-2: vírus da família dos coronavírus é um vírus de RNA de fita simples, ou seja, seu material genético é composto por um único filamento de nucleotídeos, cujas bases são guanina, adenosina, citosina e uracila que, ao infectar humanos, causa uma doença chamada Covid-19. Por ser um microrganismo que até pouco tempo não era transmitido entre humanos, ele ficou conhecido, no início da pandemia, como o “novo coronavírus”.

O portal S&DS conversou com o chefe da unidade de pneumologia do Hospital Regional da Asa Norte (Hran) – referência em atendimento a pacientes com Covid-19 – e integrante do Gabinete de Crise para Covid-19 no DF, criado pelo governador Ibaneis Rocha, o pneumologista Paulo Feitosa falou sobre a possibilidade de mutação entre os dois vírus.

Eu acho bem improvável, bem sem uma lógica viral. Existe a coinfecção a gente já sabe que pode existir e está acontecendo de maneira estranha do Brasil, porque a época de gripe no Brasil é no meio do ano, nos meses de junho e julho; no hemisfério norte que é no final do ano.

Como a gente deixou de gripar nesses dois anos pelas medidas de contenção do próprio coronavírus, o índice de gripe foi baixo, acho que é um escape que está existindo, as mutações dos vírus são estruturas entre eles, bastante diferentes.

Eles precisam se comportar dessa forma, a mutação viral é uma necessidade dos vírus de continuarem mantendo seu ciclo. Toda e qualquer espécie luta pela sobrevivência dela, e as alterações genéticas que qualquer espécie recebe são feitas com a intenção de dar continuidade à própria espécie. O vírus não é diferente, a mutação viral é uma necessidade de sobrevivência do vírus, então ela ocorre naturalmente.

É uma tendência natural, os vírus sofrem mutações, logicamente que quanto mais ele circula, mais ele tende a ter mutações.

E as mutações não necessariamente são ruins para o ser humano. Você tem por exemplo a Delta que é uma mutação mais frágil, ela termina ajudando mais a imunizar do que realmente provocar um prejuízo maior, a ômicron pode ser exatamente isso. Ao invés de ela trazer o efeito da deletério com alta mortalidade como foi a Gama, ela pode ajudar a promover uma imunização em massa.

Vamos ver o que as vacinas são capazes, quanto tempo duram, mas a solução é por vacina, o controle de doença viral é feito historicamente por vacina e esse é o caminho.

Não acho que as mutações se cruzem e nasça outro vírus. Os dois animais que são reservatórios que mais promove mutação, aí em países de alta densidade demográfica asiática é onde mais acontece são as aves e os morcegos, mas o vírus vai para o animal e volta para o ser humano com mutações, podendo ser mais ou menos agressivas.