Por Ivan Rodrigues – S&DS

Brasília – 21 de Outubro de 2020

O médico João Pedro Feitosa, 28 anos, que participava como voluntário dos testes da vacina de Oxford, morreu em 19 de outubro, em decorrência de complicações da Covid-19.

Ele trabalhava no Hospital Municipal Evandro Freire Ilha Do Governador 13 de agosto, como plantonista no CTI.

Procurada pelo site a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) informou ter sido notificada do óbito e que o comitê independente que acompanha o caso sugeriu o prosseguimento do estudo apesar do ocorrido, e, que processo permanece em avaliação.

Integra da nota Anvisa abaixo:

Em relação ao falecimento do voluntário dos testes da vacina de Oxford, a Anvisa foi formalmente informada desse fato em 19 de outubro de 2020. Foram compartilhados com a Agência os dados referentes à investigação realizada pelo Comitê Internacional de Avaliação de Segurança. É importante ressaltar que, com base nos compromissos de confidencialidade ética previstos no protocolo, as agências reguladoras envolvidas recebem dados parciais referentes à investigação realizada por esse comitê, que sugeriu pelo prosseguimento do estudo. Assim, o processo permanece em avaliação.

Portanto, a Anvisa reitera que, segundo regulamentos nacionais e internacionais de Boas Práticas Clínicas, os dados sobre voluntários de pesquisas clínicas devem ser mantidos em sigilo, em conformidade com princípios de confidencialidade, dignidade humana e proteção dos participantes.

A Anvisa está comprometida a cumprir esses regulamentos, de forma a assegurar a privacidade dos voluntários e também a confiabilidade do país para a execução de estudos de tamanha relevância.

A Agência cumpriu, cumpre e cumprirá a sua missão institucional de proteger a saúde da população brasileira.”

O voluntário tinha 28 anos, era médico recém-formado e morador do Rio de Janeiro. Alegando “compromissos de confidencialidade ética”, a Anvisa não esclareceu se o voluntário tomou a vacina ou o placebo.

Em nota, a Universidade de Oxford ressaltou que os incidentes com participantes do grupo controle são revisados por um comitê independente e que a “análise cuidadosa” não trouxe preocupações sobre a segurança do ensaio clínico