Minha linda filha Juliane (foto), 13 anos, convive com está doença. Este post é dedicado a ela e aos demais portadores da psoríase.

A psoríase é uma doença inflamatória crônica não contagiosa que provoca lesões escamosas e manchas avermelhadas doloridas no corpo. Porém, a enfermidade ainda é um problema cercado de mistérios. Ela tem caráter hereditário, mas ainda não se sabe ao certo qual é a causa, muito menos a cura. O estado emocional do paciente interfere no tratamento e no controle, podendo agravar o problema ou ajudar na sua recuperação.

Segundo Paulo Cotrim, dermatologista do Hospital Federal de Bonsucesso (RJ), a psoríase ataca principalmente a pele, mas pode afetar outras partes do corpo, como por exemplo as articulações: “É uma lesão que deixa a pele avermelhada e escamosa, e a escama é perolada. As áreas mais comuns onde ela surge são as dobras, como os cotovelos, os joelhos e a região sacro coccígea. Entretanto, ela também pode aparecer em outras partes, como no couro cabeludo e nas unhas.”

De olho nos sintomas – O especialista recomenda que ao primeiro sinal de anormalidade na pele, como lesão difícil de curar ou surgimento de placas, se procure um dermatologista. Com recomendação médica, uma biópsia indicará se é um caso de psoríase. Como ainda não há cura, o tratamento é feito para controlar a doença, com o uso de pomadas e hidratantes no local das lesões. A exposição solar também auxilia no controle dos sintomas.
“A psoríase não gosta de sol. Está comprovado que o tratamento clínico com radiação ultravioleta ajuda e a exposição solar é um tratamento grátis”, afirma Paulo. Controlar o estresse e a ansiedade, além de evitar a tristeza, também ajuda. O fator emocional influencia consideravelmente no desenvolvimento da psoríase, podendo agravar o quadro durante crises nervosas.

Para Cotrim, a doença reage de acordo com um somatório de fatores. “O curso dela pode ser lento ou mais agressivo. Além do fator emocional, na minha opinião, o fator alimentar também influencia. Além disso, quem tem psoríase não pode ter inflamação e focos infecciosos, como dor de ouvido, dor de garganta, dor de dente ou verminoses, por isso, quando começo a tratar alguém já verifico a existência dessas infecções.”

Ajuda médica – Como a psoríase pode afetar outras áreas além da pele e reagir a uma série de fatores, o acompanhamento de vários profissionais auxilia na hora do tratamento. “É muito comum ela afetar também as articulações, por isso se trata de uma doença multidisciplinar que precisa do acompanhamento de vários especialistas. O dermatologista vai iniciar o tratamento, e dependendo da análise do caso, vai solicitar a participação de outros profissionais”, recomenda o dermatologista.