Amanda Todd, uma menina canadense de 15 anos, vem causando comoção na internet – em especial no país natal e nos Estados Unidos. Ela se suicidou na semana passada, precisamente na quarta-feira (10), depois de longos anos sofrendo o chamado cyberbullying por meio da rede mundial de computadores.

A adolescente fez um vídeo, publicado por meio da plataforma YouTube, em que relata sua história de bullying e de depressão que sofria na escola e na internet. Sem mostrar o rosto, Amanda chamou a atenção para essa importante questão que de vez em quando sai de evidência para logo em seguida voltar à agenda da sociedade. Infelizmente, por vezes motivada por eventos trágicos como o suicídio de Amanda.

Reportagem da BBC de Londres conta que Amanda virou vítima de bullying desde os 12 anos, quando mostrou os seios em um chat. Em seguida, a imagem do topless apareceu numa página de Facebook. Ela mudou de escola, mas o assédio permaneceu. Amanda bebeu água sanitária e se entregou ao álcool, drogas e antidepressivos. Nada adiantou.
O vídeo no YouTube datado de setembro deste ano mostra o desespero da menina. Ela relata se sentir sozinha, sem ninguém. Amanda recebeu mensagens de apoio pelo site de vídeos do Google, mas também houve gente postando comentários de ódio em resposta ao conteúdo publicado por ela.


Uma página no Facebook em homenagem a Amanda tem mais de 900 mil fãs. Na descrição lemos: “ÓDIO NÃO É ACEITO”, assim mesmo, em caixa alta.
A mãe dela, Carol Todd, disse a um jornal de Vancouver, no Canadá, que um dos objetivos de Amanda era propagar sua mensagem. “Eu perdi uma filha, mas sei que seu desejo era que a história salvasse mil mais.”

Atualmente a polícia canadense investiga as circunstâncias da morte de Amanda. Receberam mais de 400 pistas e há um grupo de 20 a 25 policiais dedicados ao caso.
O coletivo Anonymous diz ter identificado o responsável pelo constante bullying contra a menina: um homem de 30 anos residente em New Westminster, no Canadá. A informação foi publicada no Pastebin.

Eis aí mais uma prova de que a internet abre tantas experiências positivas, mas também pode levar a fins terríveis como o de Amanda. Claro que a culpa, como ferramenta que é, não tem culpa – ela não age sozinha. Culpa têm as pessoas que se dedicam a propagar o ódio com mensagens de intolerância nos mais variados sites. Foi no YouTube e no Facebook, mas poderia ser em qualquer lugar. Infelizmente.

Por algum motivo, o 4chan se manifestou sobre o assunto dizendo que há uma série de fatos não esclarecidos. Por exemplo, que Amanda Todd dormiu com vários homens, bem como “problemas familiares” relacionados com o suicídio. O texto foi publicado no Facebook (em inglês). No meio jornalístico é complicado dar voz a um grupo coletivo que faz acusações sem mostrar o rosto. De qualquer forma, eis o link para a mensagem postada por eles.
Fonte tecnoblog