Iano Andrade/CB/D.A Press

Jacqueline Saraiva do Correio Braziliense

Publicação: 20/02/2010 11:53 Atualização: 20/02/2010 15:07

A manhã deste sábado (20/2) na Superintendência da Polícia Federal foi marcada por protestos contra o governador afastado do Distrito Federal, José Roberto Arruda (sem partido, ex-DEM). Às 11h30, o enfermeiro e professor Ivan Rodrigues, 35 anos, abriu três covas no gramado em frente ao prédio da PF, próximo à pista, onde colocou três cruzes, representando Arruda, o governador em exercício Paulo Octávio e a Câmara Legislativa.
“Quem está morto tem que ser enterrado”, protestou o enfermeiro

Na cova destinada à Câmara Legislativa, Rodrigues colocou diversas fotos dos envolvidos no escândalo da Caixa de Pandora. Na cova reservada a Arruda foi jogada uma camiseta do movimento “Fora Arruda” e na de Paulo Octávio foram deixadas várias notícias de escândalos que envolvem o nome do governador. “Quem está morto tem que ser enterrado. Não existe respirador e nem desfibrilador para quem está morto”, protestou o enfermeiro.

Ivan Rodrigues recebeu apoio das pessoas que passavam pelo local. Acompanhado de seus dois filhos, Samuel Sanches, seis anos, e Juliana Rodrigues, nove, o professor argumentou que o povo brasileiro não pode ficar apenas em casa assistindo aos fatos e sem tomar nenhuma medida. “Temos que trazer nossos filhos e fazer alguma coisa”, reclamou.

Ao final do gesto, ele acendeu quatro velas brancas e estendeu a bandeira do Brasil sobre as covas. “O povo brasileiro é maior que a corrupção”, disse.