Uma das principais promessas de campanha do atual governo, a implantação em toda a rede de saúde dos prontuários eletrônicos – conhecidos como Cartão Saúde – ainda engatinha no Distrito Federal. Após gastar mais de R$ 42 milhões, em três anos, para informatizar e interligar os dados dos pacientes, o GDF só conseguiu implantar o serviço na cidade de Samambaia. O Ministério Público e o Tribunal de Conta do DF investigam os contratos feito sem licitação, hoje executados pela empresa InterSystems. Enquanto isso, a população sofre com as perdas de prontuários, como noticiado pela Rede Globo no dia 30. A aposentada Albanita Iralda, por exemplo, teve cirurgia adiada no Hospital de Base porque os médicos não tinham como acessar suas informações. Ela precisou refazer diversos exames. “Eu vim me consultar e cadê o prontuário?” O ORÇAMENTO TRANSPARENTE,  que investigou os contratos no Sistema Integrado de Gestão Governamental (SIGGO), e o Blog Em Defesa da Saúde querem saber o que foi feito com os recursos e por que a promessa de campanha do atual governo continua sendo postergada. De acordo com informações do GDF, os prontuários de papel vão continuar correndo risco de extravio até dezembro de 2010, quando a digitalização supostamente estará completa. No Gama e no Guará, computadores chegaram a ser instalados, mas estão sem funcionar. Apenas a Regional de Samambaia está interligada.Não é admissível o governo gastar R$ 42 milhões para digitalizar todos os prontuários do DF e o sistema só funcionar em uma das 30 regiões administrativa.. Contrato- A informatização dos prontuários médicos no DF começou no final de 2005 com a empresa Pró-Data, que utilizava o mesmo sistema de agora, chamado TrakCare. Os valores gastos nesse período não são claros, pois estão somados às ações de informatização da Educação nos registros da Codeplan. Em 2007, a empresa TrakHealth assumiu o serviço, e no ano seguinte foi comprada pela InterSystems. O GDF justifica a demora em implantar o serviço em função dos sucessivos questionamentos do Ministério Público, Tribunal de Contas e empresas participantes, que teriam atrasado a realização do último pregão, vencido pela InterSystem. Esse argumento causa estranheza, visto que o serviço vinha sendo realizado até o início de agosto de 2009 sem licitação. O que as empresas questionaram foi a participação da InterSystem na realização do pregão para um novo contrato, pois ela já tem todo o conhecimento da execução do serviço. 

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