Dengue: alerta para até 600 mortes até maio, DF pode ter de 100 a 150 óbitos
Dia D nacional para combater a dengue

Após uma análise meticulosa usando Epidemiologia, Big data e Inteligência artificial dos dados mais recentes sobre a incidência de mortes relacionadas à dengue no Brasil, S&DS fez uma estimativa aproximada que sugere um cenário preocupante que demanda atenção urgente das autoridades de saúde e da população em geral.

Dados alarmantes revelam um cenário preocupante para a epidemia de dengue no Brasil em 2024. Com 195 mortes confirmadas e 672 em investigação apenas nas primeiras oito semanas do ano, o número total de óbitos até o pico da epidemia, previsto para maio, pode chegar a entre 450 e 600.

Até o momento, 973.347 casos prováveis foram registrados, resultando em um coeficiente de incidência de 479,3, o que representa um aumento significativo em comparação com o mesmo período do ano passado.

Com base nos dados fornecidos e nas estimativas realizadas, o número de mortes por dengue no Distrito Federal até o fim do pico em maio pode variar entre 100 e 150.

A enfermeira e doutora em epidemiologia Carla Marques, da UNICAMP, abordou a gravidade da situação, ressaltando a imprevisibilidade do pico da dengue, que está sujeito às condições climáticas.

“Altas temperaturas e chuvas intensas podem levar ao pico entre abril e maio, enquanto uma queda na temperatura pode antecipá-lo para março e abril. Destaco que a ocorrência do pico é praticamente inevitável”, enfatizando a importância de mitigar o problema. Isso inclui capacitar profissionais de saúde, garantir o fornecimento adequado de insumos como soro, e priorizar medidas para evitar fatalidades decorrentes da doença.

Subnotificação: especialistas alertam que o número real de casos pode ser ainda maior, devido à subnotificação.

Fatores de risco: as condições climáticas favoráveis à proliferação do mosquito Aedes aegypti, vetor da doença, contribuem para a persistência da epidemia.

Medidas de controle: para conter o avanço da dengue, é fundamental manter as medidas de controle do mosquito, como:

  • Eliminação de criadouros: Eliminar qualquer recipiente que possa armazenar água parada, como vasos de plantas, pneus e calhas.
  • Uso de repelentes: Aplicar repelentes nas áreas expostas do corpo, especialmente ao amanhecer e ao anoitecer.
  • Telas de proteção: Instalar telas de proteção nas janelas e portas das casas.

Conscientização: a intensificação de ações de comunicação e educação em saúde é crucial para conscientizar a população sobre a importância da prevenção da dengue.

Fortalecimento da vigilância: o fortalecimento da vigilância epidemiológica é essencial para monitorar a evolução da epidemia e identificar áreas de risco.

Ações conjuntas: o combate à dengue exige um esforço conjunto de toda a sociedade, com a participação do governo, da comunidade e de cada cidadão.

Alerta: o cenário atual exige atenção redobrada e medidas urgentes para prevenir novas mortes e conter a epidemia de dengue.